RADIO BARREIRITTO CAIPIRA

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terça-feira, 30 de junho de 2015

VOLTAS DA VIDA
( valtair bertoli ) 30/06/2015

velho marujo sabe que é difícil
remar contra a maré
caranguejo é quem vai pra frente
andando de marcha ré
caipira experiente não peneira
semente de contra ao vento
primeiro prepara a terra
só pra depois tirar dela
o seu lucro e  seu sustento

apanhei e aprendi com a vida
nela estou calejado
andei por muitos caminhos
e nunca andei errado
quando cai a tempestade
não corro  pra me abrigar
ando em terra batida
que tem  lama na subida
sem medo  de escorregar

quem lê revista em quadrinho
vai ficar descontraído
quem lê noticias em jornais
acaba  aborrecido
a vida da muitas voltas
nem sei quantas eu vou dar
quem me leva são  minhas pernas
minha vida não é eterna
sei que um dia  vou parar

REFRÃO
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levo a vida  com paciência
tocando  com muita fé
quem  fala tudo oque pensa
acaba escutando oque não quer
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sexta-feira, 26 de junho de 2015

OBRA DO DESTINO
( valtair bertoli )

nos tempos de antigamente /  um costume existia
para evitar a má sorte / do sétimo filho  que nascia
era  que o filho  mais velho / o caçula   batizava
nos casos que  isso acontecia  /   as famílias  obedecia
essa crença  respeitava

teve   um velho  fazendeiro /  que da crença desdenhava
já tinha   seus sete filhos / nenhum ele  batizava
dizia que tudo era prosa  / que   era   conversa fiada
trouxe seus filhos ao mundo  / nenhum ia ser vagabundo
que aquilo era tudo piada

enquanto o caçula  crescia / seu velho   pai controlava
mas quando chegou  a juventude  / ninguém mais o  segurava
nas  noites de  lua cheia  / o moleque debandava
saia vagando   sozinho   / ninguém sabia  do  seu  caminho
só voltava quando o sol    raiava

numa noite bem clara  /  no sitio as galinha gritava
fazendeiro pegou  sua arma /  e num     vulto   atirava
jurou que acertou  um lobisomem  / que as galinha atacava
na verdade matou seu menino /  foi a obra do   destino

que  ele não acreditava  
.
MEU SINUEIRO
( valtair bertoli )

vi a boiada na estrada  
num dia amanhecendo
por la não tinha poeira
o dia estava chovendo
via na frente o ponteiro
tocando bem preocupado
seu melhor boi sinueiro
andava muito cansado

hou sinueiro
meu velho boi sinueiro
vai juntinho com a boiada
sempre ao lado do ponteiro

ao longo de tantos anos
foi um fiel companheiro
conduzindo as boiadas
respeitando o ponteiro
em suas longas jornadas
seguidas pelo sertão
nunca deixou as boiadas
perder sua direção

hou sinueiro
meu velho boi sinueiro
vai juntinho com a boiada
sempre ao lado do ponteiro

naquela estrada com barro
sentiu seus  passos pesar
olhava para o ponteiro
como querendo parar
e deu junto ao berrante
seu  suspiro derradeiro
saiu pro lado da estrada
morreu o boi sinueiro


hou sinueiro
meu velho boi sinueiro
vai juntinho com a boiada
sempre ao lado do ponteiro

Agradeço ao grande mestre Valdemar Reis , pela ajuda na finalização da letra .

segunda-feira, 22 de junho de 2015

MADRUGADA FRIA
( valtair bertoli ) 22/06/2015

querida a fria madrugada esta noite surrou meu corpo
não dormi  um segundo passei  um grande sufoco
deitado em nossa cama  o seu corpo  procurava
queria sentir seus carinhos más só sentia os espinhos
que minha alma perfurava

nossa casa  não  esta como antes  estava
tudo nela hoje é triste, era você que alegrava
com a sua partida  , vi minha vida   mudar
agora choro querida desde a sua despedida
esperando você voltar

queria  que você pudesse apenas  me compreender
que por  não ter  seus carinhos fico a padecer
pode ser noite  dia , frio  calor qualquer hora
sofro muito porque te amo a sua ausência  reclamo
desde que você foi embora

nossa casa  não  esta como antes estava
tudo nela hoje é triste , era você que alegrava
com a sua partida , vi minha vida   mudar
agora choro querida desde a sua despedida
esperando você voltar

domingo, 21 de junho de 2015

saudade bandida
( valtair bertoli ) 05/12/2014

areio meu baio e vou cavalgar sem destino certo
pelo meu sertão
sem calçar esporas e a passos lento carrego a saudade
na imaginação
passando por pastos ouvindo riachos cantando a mais bela
de todas canção
sentindo o cheiro do jenipapo , que estão maduros
caídos no chão

o barulho do vento soprando bem alto aumenta ainda mais
a recordação
as pombas do ar fazendo arruaça bem perto do espantalho
la na plantação
o carro de boi cantando bem longe vai deixando seus rastros
marcados no chão
vejo boiadeiros tocando a boiada , tocando berrante bem alto
no estradão

porteiras batendo anunciando a chegada da saudade bandida
em meu coração
casinha de barro com fogão a lenha mamãe jogando cinzas
la na plantação
machado batendo é meu papai lenhando ,eucalipto tombando
ouço o seu barulhão
ao longe as nuvens que vai se juntado no céu da um estalo
vem logo o trovão

e um manto divino vai cobrindo a terra, vai dando mais vida
na vegetação
crianças brincando montando cavalo em cabo de vassoura
tempo de ilusão
volto pro o meu mundo sentindo a saudade dos tempos vivido
lá no meu sertão
aonde vivi a minha mocidade e aqui na cidade hoje só tenho
recordação
educação de caipira
( VALTAIR BERTOLI )

eu sinto orgulho / orgulho em dizer
que eu nasci na roça / melhor não poderia ser
tenho meu rosto marcado / pelo sol forte do sertão
e tenho as mãos calejadas / por cultivar nosso chão

carrego em meu rosto / tudo oque me foi deixado
a herança do meu pai / que ele recebeu no passado
sempre que me criticam / por ser morador do sertão
saio sem responder nada / essa é minha educação

as vezes fico triste / triste em ver
uma criança na cidade / sem ter oque comer
tenho fartura na roça / e cumpro com meu dever
planto e colho de tudo / é triste ver eles sofrer

sou um homem feliz
carrego o meu legado
da minha lida na roça
da minha lida com gado
quem dera se eu pudesse
dividir todo nosso chão
faria todos vir morar
aqui no nosso sertão

sou um homem feliz
carrego o meu legado
da minha lida na roça
da minha lida com gado
quem dera se eu pudesse
dividir todo nosso chão
faria todos vir morar
aqui no nosso sertão
DESPEDIDA DE SOLTEIRO
( valtair bertoli ) 21/06/2015

meus amigos esta noite / não vamos olhar pra hora
estamos todos reunidos / nessa roda de viola
vamos  tocar e cantar / até o romper da aurora
recordar lindas canções / reviver nossas emoções
la dos tempos de outrora

amanhã por essas horas / serei um homem casado
e todos esses momentos / por nós serão lembrados
o dia da despedida / que fui pro outro lado
deixando de ser solteiro / por um amor verdadeiro
vou pro time dos casados

tudo oque até hoje /  aos amigos foi  dedicado
pela amizade sincera /  sempre serão respeitados
os planos de minha vida / amanhã estara selado
darei o meu coração  / e  toda a minha atenção
pro meu amor a meu lado

vamos beber e cantar / e dar o brinde derradeiro
a  vocês meus amigos  / meus  fieis companheiros
que juntos nós estivemos / ao longo desses janeiros
um brinde na despedida /  e sorte em minha vida
com  meu amor verdadeiro

quinta-feira, 18 de junho de 2015


O DIA DA CAÇA
( valtair bertoli )

Conheci um caçador / que de tudo ele caçava
a presa da sua mira  / dificilmente  escapava
um dia entrou na mata /  escura e bem fechada
por la teve seu fim / a histoira se deu assim
daquele que só matava !

Em Querência  Mato Grosso /  era  que ele morava
e as divisas das terras / ele nunca respeitava
saia para caçar / e com nada  se importava
mesmo sendo proibido / ele nunca dava ouvido
a que seus amigos falava

já era de tardezinha / quando a noite chegava
que numa dessas terras / o caçador já entrava
levando três  cachorros  / a espingarda carregada
os cartucho bem socado / que ele tinha preparado
que seu emborna estufava

la dentro daquela  mata / que ficava afastada
de longe ouviu o ronco / de um porco que rondava
preparou sua espingarda /  fez ali a sua parada
atiçou os seus  cachorros / atocaiou igual ao zorro
esperando na emboscada

não demorou quase nada / o porco por la chegava
acoado pelos cães   / na sua mira ja  estava
ficou puxando o gatilho / a arma não disparava
num galho  bem forte  subiu / e um zumbido ele ouviu
quando nas abelhas esbarrava

de baixo daquela arvore / os cães e o porco brigava
o porco matou os cães  / e nem ferido não estava
caçador caiu no chão / de tanto tomar picada
o porco fez  do caçador / lá uma cena de horror
da sua ultima caçada

contatos para letras 11 952 09 37 21
caminhoneirosp@hotmail.com

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O DIA DA CAÇA  moda de viola
( valtair bertoli )

Conheci um caçador / que de tudo ele caçava
a presa da sua mira  / dificilmente  escapava
um dia entrou na mata /  escura e bem fechada
por la teve seu fim / a histoira se deu assim
daquele que só matava !

Em Querência  Mato Grosso /  era aonde ele morava
e as divisas das terras / ele nunca respeitava
entrava para caçar / e com nada  se importava
mesmo sendo proibido / ele nunca dava ouvido
a que seus amigos falava

já era de tardezinha / quando a noite chegava
que numa dessas terras / o caçador já entrava
levando três  cachorros  a espingarda carregada
os cartucho bem socado / que ele tinha preparado
que seu emborna estufava

la dentro daquela  mata / que ficava afastada
de longe ouviu o ronco / de um porco que rondava
preparou sua espingarda fez ali a sua parada
atiçou os seus  cachorros / atocaiou igual ao zorro
fico esperando na emboscada

não demorou quase nada / o porco por la chegava
acoado pelos cãos   / na sua mira ele entrava
ficou puxando o gatilho / e a arma não disparava
 num galho forte  subiu  um zumbido ele ouviu
quando na abelha esbarrava

de baixo daquela arvore / os cãos e o porco brigava
o porco matou os cão / e nem ferido não estava
caçador caiu no chão / de tanto tomar picada
o porco fez  o caçador / numa cena de horror
dar sua ultima caçada

contatos para letras 11 952 09 37 21
caminhoneirosp@hotmail.com

terça-feira, 16 de junho de 2015

......PAI
( VALTAIR BERTOLI) 16/06/2015

meu pai  faz muito anos / que um dia você partiu
mas  a sua  imagem / da minha mente não saiu
como poder esquecer / do meu heroi do passado
quem me ensinou sobre a vida / me deu amor e guarida
que caminhou a meu lado

trago grandes lembranças / na minha recordação
quando nós dois passeava  / de charrete no estradão
eu era muito pequeno / mas isso ficou guardado
cantava moda de viola  / pelo caminho da escola
e eu cantava a seu lado

conforme o tempo passava / muito mais você  me ensinava
falava sobre o trabalho / sobre os deveres de casa
estava sempre me alertando /  dos amores de ilusão
sabia como me agradar / me levando para pescar
no poço do ribeirão

hoje aqui recordando / partes la do meu passado
já faz muitos anos / que não esta  ao meu lado
pai que se dedicou / pra tudo poder me  ensinar
pra mim o mais importante / mesmo com você distante
foi aprender te amar

SAUDADES ETERNAS !!!
AVISO E CHEGADA
( VALTAIR BERTOLI )

eu vou contar uma passagem / que a tempos aconteceu
foi dentro de um velório / foi que esse fato se deu
já era de tardezinha  / e  um padre foram  chamar
pra alma do Zé firmino / seguir com o seu destino
pro céu  encaminhar

la fora  uma ventania  / um vento que assoviava
e dentro do necrotério   / seus parentes comentava
diziam  que o falecido / em vida sempre falava
que se no céu  chegasse / e sua alma se salvasse
que os parentes avisava


e foi um grande alvoroço / quando a missa terminou
falava um parente ao outro  /que la no vento escutou
o nome do zé firmino  / que a ventania chamava
ficaram todos assutado / e assim que ele foi sepultado
a ventania passava


de  certo que foi o Zé / que veio os parentes avisar
pela sua fé em Deus /  no céu  conseguiu entrar
ninguém de sua família  / mais isso  quis comentar
um fato la do passado  / de quando o Zé foi sepultado
que  ainda chega arrepiar

domingo, 14 de junho de 2015

DESPEDIDA  DE AMIGO 14/06/2015
( VALTAIR BERTOLI )

amigo é chegada a hora vim dar minha despedida
logo mais estou partindo pra minha terra querida
vou poder realizar o sonho da minha vida
de onde fiquei distante sem esquecer um só instante
com lagrimas escondidas

ja vem chegando a hora nem posso mais me conter
as belezas  do  sertão de novo poder rever
sofri por muitos anos sem ninguém poder saber
só eu sei o quanto chorei e muito me lastimei
cansei de tanto sofrer

vejo a estradinha de terra me levando a porteira
ouço o gado berrando bem pertinho da mangueira
os passarinhos cantando lá no alto da paineira
o som que vem do riacho do seu manso regato
que não forma corredeira

vejo um lindo alvorecer  com muitos galos cantando
vejo a velha casinha com sua cor desbotando
a alegria de meus pais ao me ver agora regressando
vejo galinhas no terreiro os porcos no chiqueiro
parece que estou sonhando

contatos:
e-mail caminhoneirosp@hotmail.com
CRITICAS 14/06/2015
( VALTAIR BERTOLI )

querida sei que nós dois somos criticados
muitos estão dizendo , que nós dois demos um passo errado
trocamos a antiga união ,  e agora fomos  condenados
eles tem que entender , nos fez renascer
que a felicidade esta ao nosso lado

é tanta gente de fora , que de nossa vida ainda quer cuidar
não sabem que o nosso erro , foi lá no passado que viemos dar
agora que estamos felizes , todos querem nos condenar
isso esta consumado  , ficou no passado
e oque nos importa agora , é somente amar

venha agora meu bem
não vamos nos deixar levar
por conversas que não tem
nada pra ajudar

oque mais me importa agora
é ser feliz a seu lado
oque ficou do passado
ha muito ja foi sepultado

deixe eles criticar
eles não sabem oque é amar
o nosso amor é bem forte
e nada vai nos atrapalhar
LEMBRANÇAS VIVAS
( valtair bertoli ) 12/01/2015


É com o passar dos anos que agente pega melhor olhar
o que a vista não enxerga e que a mente vive a mostrar
são pedaços de saudades vivas que cria a recordação
vem de nossas lembranças que estão pra sempre guardada
em nosso coração

xxxxx
a saudade vem com a lembrança
criando a recordação
e ficam pra  sempre cravada
em nosso coração
xxxxxx

qualquer coisa cria um motivo pra regatar a emoção
pode ser uma palavra que já vem com ela a recordação
pode até muitos anos passar que isso não vai apagar
oque esta em nossa memoria é parte de nossa historia
que até o fim nós vamos levar

xxxxx
a saudade vem com a lembrança
criando a recordação
e ficam pra  sempre cravada
em nosso coração
xxxxxx


uma foto qualquer objeto  por qualquer canto deixado
é mais que suficiente para nos remeter de volta ao passado
até mesmo o simples toque que lembra uma bela canção
causa  frio e  doi na alma acaba com a nossa calma
e acelera  nosso coração

xxxxx
a saudade vem com a lembrança
criando a recordação
e ficam pra  sempre cravada
em nosso coração
xxxxxx

A GRANDE LIÇÃO  ( fato verídico )
( Valtair Bertoli / Joao Paulino da Silva  )

conheci um fazendeiro que os pobres  desprezava
nenhum dos seus empregados  na sua casa não entrava
seus amigos milionários  recebia eles dando rizada
era um sujeito  arrogante  se sentia muito importante
e todos pobres odiava

a vida dele foi mudando não colhia nada que plantava
as criação do seu pasto por doença foram todas ceifada
as suas contas nos bancos ficaram todas atrasadas
piorou a sua situação ficou duro sem um tostão
numa pindaíba danada

quem tinha sido muito rico agora não tinha mais nada
perdeu ate suas terras e num sitio de favor morava
ficou muito desesperado vendo a sua esposa gravida
e foi  naquele rincão na mais triste da situação
que uma menina chegava

o dono do sitio que morava um caipira pobre e honrado
pra batizar a menina pelo homem  foi convidado
o caipira aceitou o convite e ficou bem emocionado
foi uma bela demostração daquele nobre coração
que podia ter recusado

no dia do batizado uma festa o caipira dava
o caipira em agradecimento seu compadre presenteava
com uma leitoa bem liza a melhor que ele criava
ali começou a lição pra aquele homem sem coração
que os pobres  desprezava

a leitoa em pouco tempo muitas crias começou a dar
em cada cria que dava mais fazia ele prosperar
e foi a criação de porcos que fez sua vida mudar
agora esta bem de situação ele se converteu a cristão
e os pobres passou  respeitar

quinta-feira, 11 de junho de 2015

SOBRAS DE AMOR
(VALTAIR BERTOLI )

JÁ COM SEUS FILHOS CRIADOS
 SEM NETOS PARA CUIDAR
UM CASALZINHO  DE IDOSOS
PEGOU UM CÃO PRA CRIAR
QUEM JÁ  DEU TANTO AMOR ,
 PARA SEUS FILHOS FORMAR
TINHA AINDA MUITA SOBRA
 PARA PODER OFERTAR

E POUCO TEMPO DEPOIS
VOLTOU A ALEGRIA NO LAR
NAQUELA CASA BEM GRANDE
O CÃO VEIO PRA COMPLETAR
E O TEMPO FOI PASSANDO,
O VELHO ADOECEU
E POUCO TEMPO DEPOIS
MUITO DOENTE  MORREU


FICOU A IDOSA E  O CÃO
SOZINHOS NAQUELE LAR
QUANDO A IDOSA ESTAVA TRISTE
O CÃO TENTAVA  ALEGRAR
TUDO QUE ELA FAZIA
ELE SEMPRE FESTEJAVA
 O RABO ABANAVA  PRA ELA
ATÉ QUE A TRISTEZA PASSAVA

O DESTINO É MESMO INGRATO
NÃO DEU PRA CONTINUAR
COM O CORAÇÃO JÁ CANSADO
NÃO PODE MAIS SUPORTAR
E LA NO CÉU COM O ESPOSO
ELA TAMBÉM FOI MORAR
FICOU  O CÃOZINHO SOZINHO
SEM NINGUÉM PARA CUIDAR

DEPOIS DOS DOIS SEPULTADOS
PRA CASA NÃO QUIS  VOLTAR
DEITOU AO LADO DA COVA
ALI RESOLVEU FICAR
NÃO VIVEU   NEM DOIS DIAS
COM ELES FOI SE ENCONTRAR
E ALEGRIA DOS VELHINHOS
NO CÉU  FOI COMPLETAR

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Vida modesta
( valtair bertoli ) 09/01/2014  (letra disponivel )

sou um caipira tranquilo
nascido e criado no mato
não dependo de ninguem
o serviço eu mesmo que faço
aqui tenho tudo que preciso
agua limpa pra me refrescar
sevo um poço no riacho
pra quando  eu quiser ir pescar

não me aperto de serviço
nem me mato de trabalhar
levo a vida bem sossegada
só pra sustentar o meu lar
cultivo em minha lavoura
varios tipos de  plantação
crio  porcos de engorda
e leitão lá no mangueirão

tenho galinhas poedeiras
que ficam soltas no terreiro
algumas  vacas leiteiras
dois bois e nove  bezerros
minha morada é bem simples
oque não falta nela é amor
recebo da esposa e meu filhos
respeito carinho e calor

quem quiser  ver o paraíso
venha aqui pra me visitar
vamos tomar um café
e uns dedos de proza trocar
vai conhecer o meu mundo
 que não é feito de ilusão
e ver que a vida é sempre mais bela
pra quem vive aqui no sertão