RADIO BARREIRITTO CAIPIRA

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terça-feira, 28 de junho de 2016

Viagem do pensamento
( valtair bertoli ) 28/06/2016

Viajei  pelo meu pensamento revendo momentos do meu passado
Em  todos eu estava sorrindo feliz seguindo  meus rastros deixados
Pude ver a casinha singela mamãe dentro dela de avental estampado
Vindo me dar um  abraço no calor dos seus braços    fui sendo  beijado

Caminhei na estradinha de terra olhando pra serra com o  céu azulado
A mata  ainda sendo aquecida  pelos os raios da vida do sol dourado
Senti a caricia do vento brindando o momento no perfume exalado
Contemplado a mãe natureza  senti suas belezas  me fazendo agrado

Cheguei no fundo do quintal avistei no curral  o papai apressado
Trabalhando  jogando o laço sem mostrar cansaço  lidando com o gado
Sorridente vi ele me chamando e foi  me ensinando seu aprendizado
Galopando saímos pro campo igual um perilampo   me senti iluminado

A saudade nos trás  sentimentos dos   acalentos que ficam gravados
Com o som da porteira batendo eu fui deixando meu berço adorado
Na jardineira me vi entrando duas malas levando  de sorriso quebrado

Hoje me pego aqui chorando com o passado  sonhando na mala abraçado

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Perdão de pai
( valtair bertoli )

Num  velório no campo santo/ numa  noite bem fria
 um jovem velava seu pai /  em pranto triste sofria
soluçando muito   chorava / toda hora a frase  repetia
papai por favor não vá  embora / não me abandone agora
do seu lado não saia
Sua mãe num canto sentada / a cena triste assistia
estava  desconsolada / aceitar também não queria
via seu  filho chorando / e junto também padecia
 no velório chegou seu cunhado / tremendo e desesperado
e uma carta   abria

de pe no centro da sala / com sua voz embargada
leu as primeiras linhas / cumpri com minha jornada
pedi  sigilo a meu irmão /  e manter essa carta guardada
para que só fosse aberta / quando a morte fosse certa
por um doutor atestada
a você minha esposa / sempre fui um fiel companheiro
padeci com as dificuldades / que passamos alguns janeiros
de você levo junto comigo / seu amor  puro e verdadeiro
quero que siga sua vida / não chore   minha querida
cuide bem do meu herdeiro


a você meu querido filho / de tudo  esta perdoado
eu sabia  quando  mentia / mas fingia ter acreditado
quase    a gente nem se   falava / você    estava sempre ocupado
lidando com o celular / nem ouvia eu te chamar
sei que eu te eduquei errado
aos amigos aqui presente / honrando a minha partida
peço a Deus que os abençoe / com muita paz em suas vidas
so peço nesse momento / que aos filhos de mais atenção
pra não tornar  tão sofrida / a derradeira despedida

ao lado de um caixão

sábado, 25 de junho de 2016

Berço da saudade
VALTAIR BERTOLI

No berço da saudade tive um sonho reluzente
Senti a mão do passado embalando o meu presente
Com o  tom   suave na voz   me ninando  noite a fora
Toda   dor que eu sentia  que  a muito me  perseguia
 Vi logo  indo  embora

Mostrou todas  belezas que floriram em meu  caminho
Do meu tempo de criança pude sentir  todos  carinhos
Mamãe logo cedinho todos os dias levantava
Ainda com o sol  escondido  o café tinha servido
E papai já  esperava

Semelhante ao o sol quando brilha na alvorada
Vi meu pai surgir  sorrindo entrando em nossa morada
Seu primeiro compromisso  ir cedinho na mangueira
Ordenhava nossas vacas  o sabor  a mente   destaca
Leite e queijo  de primeira

Me vi em pelo montado   no cavalo indo a escola
Pelos campos  galopando sentindo a brisa da aurora
Indo rápido igual  o vento sem ter o peso da idade
Em seguida fui  acordando com a professora explicando
A palavra felicidade


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Miragem de caboclo
( valtair bertoli ) 22/06/2016

Confesso  ja  estou arrependido
Por ter   decidido na cidade   morar
Sofro com   saudade da   roça
Pra minha paioça   ainda  quero voltar
No campo andar  nas capoeiras
Subir  na   figueira e do alto  olhar
Contemplar a  mãe natureza
e todas suas belezas ate a vista alcançar

Ver    pilão  socar  no monjolinho
Com os  passarinhos o  farelo roubando
ouvir a   água do riacho
na Corredeira abaixo   no rio desaguando
  garças brancas dando  plainadas
Sobre a água azuladas atentas pescando
 Avistar o  poço  no ribeirão
No calor do verão  la ficava nadando

Vultos brancos  pela  invernada
No meio da boiada o  peão cavalgando
Montado sobre o seu   cavalo 
Lançando um pealo  o bezerro apartando
Vendo  a vaca dando sua avançada 
De  cabeça  baixada o peão se esquivando
Vencendo ela no  cansaço 
Amarrando com laço do terneiro cuidando

As nuvens  na linha no horizonte
Enfeitando os montes de  pluma esbranquiçada
O trator roncando distante
No trabalho incessante na terra tombada
Chego a ver a tão bela  casinha 
De uma florzinha que foi minha amada
Que o destino a muito desuniu
Mas do peito não saiu La  ficou guardada.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Noites de inverno 
( valtair bertoli )

Noites de inverno triste
Que tem frio e sereno
É um veneno pra alma
pra quem assistiu um aceno
Trancado aqui em meu quarto
Açoitado pelo vento
sinto que mais nada existe
Á não ser............ dor e sofrimento

Ouvindo o relógio batendo
No ritmo compassado
Aumenta a minha agonia
sofrendo aqui calado
É triste o vazio que afronta
A minha mente agora
Saber que estou sofrendo
Por alguém .............. que já foi embora

Somente o seu perfume
Ainda tenho guardado
Num frasquinho pequenino
Quase foi todo usado
Ainda resta esperança
Nesse peito sufocado
Que ela perdoe meu ciúme
E volte .................. ficar a meu lado

açoita acoita vento 
o meu peito machucado
fere feito navalha
meu coração espedaçado
o seu triste murmurio
batendo a minha janela
aumenta meu padecimento
só querendo ................... que fosse ela

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Noites de inverno
( valtair Bertoli )

Noites de inverno / que se alongam para aurora
Frio e sereno / junto ao   vento / La fora açoita agora
Na  janela  do meu  quarto / que esta gelado
E eu acordado / ouvindo o relógio bater compassado
 lentamente passando a  hora

O tic e TAC / não deixa o sono entrar
A  minha mente / padece no travesseiro
Varo a noite lamentando nas  madrugadas
Noites geladas  / só pensando  em seu paradeiro

Tantos momentos / por nós dois foram vividos
essa ausencia  / fortemente  tem me ferido /  tenho sofrido
Sinto seu corpo junto ao meu  /todo suado
Sendo beijado / na  cama nós dois  juntinhos  abraçados
 pelo   amor dois   corpos unidos

O tic e TAC / não deixa o sono entrar
A  minha mente / padece no travesseiro
Varo a noite lamentando nas  madrugadas
Noites geladas  / só pensando  em seu paradeiro

Seu baby doll /  num cantinho  a cena  resume
Nossa noite / que a tempo seu  perfume/ nela  exume
Só peço   volte logo  / ao meu lado
Tenho esperado /  esse momento    tenho sonhado
E  desfaça o meu ciúme

O tic e TAC / não deixa o sono entrar
A  minha mente / padece no travesseiro
Varo a noite lamentando nas  madrugadas

Noites geladas  / só pensando  em seu paradeiro
ABANDONADO
( VALTAIR BERTOLI ) KKKKKKKKKKKKKK
20/06/2016

Meus amigos   lamento informar /  Meu amor    me deixou e foi embora
No meu Lar voltou a alegria  / Pra fulia posso ir  agora
A tempos que ela ameaçava  /  Sua  promessa  nunca cumpria
seu   jeito  eu  já não suportava /  acabou se a minha agonia

Na estrada em nos nossos passeios /   no carro o radio  nem ligava
o som mesmo estando baixo / toda hora ela reclamava
as modas que gosto de ouvir  / ela nunca aprovava
só de ouvir sua voz  gruir  /  meu passeio já  estragava

não deixava   ir nas pescarias /  quando   meus  amigos   chamava
gritava  igual uma doida /  futebol eu   nem comentava
a  noite  somente em  novelas /   a TV ficava ligada
se pedisse carinho pra   ela   /   recebia de volta patada

até mesmo com meu violão  / irritada sempre ficava
quando ia cantar uns modão /  com carão feio   me olhava
estou indo na igreja  / com fé e muita  devoção
pedir pra que  Deus a proteja  /  e não volte pra pedir  perdão.

domingo, 19 de junho de 2016

ESCRAVO DO DINHEIRO ( valtair bertoli ) 19/06/2016 Há tempos fui milionário fortuna acumulava Quanto mais que eu ganhava mais me engajava parecia um banqueiro Não tinha tempo pra nada tinha a vida agitada As horas pra mim voava , e nunca descansava a Cabeça no travesseiro Conforme os anos passava mais me empenhava a fortuna aumentava ,dos bens não desfrutava só pensava em dinheiro Não via minha família nem os filhos que crescia Estava sempre ausente eu nunca estive presente nem sabiam do meu paradeiro não sentia alegria minha fortuna investia a sorte me seguia e mais rico ficava no meu dia só queria aumentar Até quem num certo momento um erro de procedimento Fez Minha vida um tormento errei no investimento Vi minha sina mudar Quem vivia pro dinheiro numa luta incessante Viu dentro de um instante o que achava importante Nada mais lhe sobrar Perdi toda fortuna pela família fui abandonado agora velho e cansado por idade aposentado No mato resolvi vir morar nessa mata fechada aproveitei suas galhadas Construí minha morada e levo a vida abençoada distante de aborrecimento vivo junto a mães natureza curtindo as belezas ganhei sua riqueza de viver sem surpresa feliz em todos momentos Fui escravo do dinheiro minha vida não aproveitava Eu nunca imaginava que a fortuna tão sonhada Estivesse aqui dentro Hoje estou mudado levo minha vida sossegado Sou agraciado por morar nesse El dourado Levo a vida a contento.

sábado, 18 de junho de 2016

CARGA DE CAMINHONEIRO
( VALTAIR BERTOLI ) 18/06/2016

Dois faróis despertos / brilhando na madrugada
Clareando distante / batendo a lona amarrada
com o Vento frio soprando / assoviando na estrada
Pneus quentes rodando / chorando a carga pesada
Neblina chuva sereno / sol quente frio geada
Nada disso atrapalha / o rei das longas jornadas
Na lida segue atendo / sem esquecer um momento
Da sua família amada

Casas  a beira da estrada / desertas abandonadas
Sertão de sede morrendo / na voz do sol que brada
no filme a sua janela / a cena que não agrada
Crianças passando fome / sofrendo desamparadas
Alimento vai levando / se ve de  mãos atadas
Motor segue roncando / não poder fazer nada
Carregando o progresso / sofre com o retrocesso
Da miséria avistada

Caminhoneiro profissão / solidão desde alvorada
nas Noites longas e carentes / na boleia enfeitada
Sorri com coisas belas / plantação bem cuidada
Lamenta com o descaso / nos postos em suas paradas
Transportando leva tudo / nessa vida arriscada
Perseguido por bandidos / tem sua vida vigiada
Um Herói já esquecido / e muitos tem desistido
De enfrentar essa empreitada

carrega  dentro do peito / a sua carga de saudade
Sofre chora padece / só ele sabe a verdade
Disfarça seu sofrimento / lagrimas secam ao vento
Da dor que o peito invade.
.
Goteiras
( valtair bertoli )


lá na casa onde moro / quando chove cai goteira
Mulher fica entristecida / que goteja a casa inteira
sai espalhando panelas / esvazia as prateleiras
No chão de terra batida / se escuta as pingadeiras
chuva forte de vento / rezo pra que vá logo embora
pinga tanto aqui dentro / molha mais do que la fora


Quando vem chuva de noite / eu nem armo as ratoeiras
No escuro as lamparinas / as vezes são traiçoeiras
na casa tenho penico / pra alegrar a companheira
Pra ir fora na latrina / so se for com cartucheira
chuva forte de vento / rezo pra que vá logo embora
pinga tanto aqui dentro / molha mais do que la fora


Meu ranchinho é bem humilde / todo feito de madeira
uso tramela nas portas / passo a tranca de aroeira
fiz ela bem do meu gosto / tem ate uma soleira
Com jardim a sua volta / que na chuva faz lameira
chuva forte de vento / rezo pra que vá logo embora
pinga tanto aqui dentro / molha mais do que la fora


Corisco corre no céu / que espanta a lua faceira
Patroa já se apressa / começa com a choradeira
Eu pitando bem tranquilo / sentado em minha cadeira
Logo vou ouvir conversa / só por conta das goteiras
chuva forte de vento / rezo pra que vá logo embora

pinga tanto aqui dentro / molha mais do que la fora

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Viciado em beber
( valtair bertoli /  joao miranda ) 16/06/2016


meu amor brigou comigo / jogou minhas coisas fora
só porque fui no bailão / e cheguei fora de hora
eu estava embriagado / não  pensava no perigo
quando fui  questionado / do   meu pescoço chupado
só aumentou    o castigo

tive que pular o muro / tanta panela me vinha
levei um tombo no escuro / fiquei na casa vizinha
agora estou preocupado / e não sei o que fazer
vizinha tem me cuidado / continuo amoitado
não consigo reverter

fui fiel por tantos anos /  desde que tinha casado
 desviando o olhar / se mantendo controlado
 a minha escapadinha /  foi igual raio de aurora
 acendeu novamente / o fogo que estava ausente
 sou um outro homem agora

agora eu bebo de dia /   bebo a noite a toda hora
minha vizinha não quer / que eu va mais embora
já estou me viciando / em ganhar os seu chamegos
estar juntinho  dela / ate parece  novela

teus braços é meu aconchego

quarta-feira, 15 de junho de 2016

DEVANEIO
( VALTAIR BERTOLI ) 15/06 /2016


Quarto frio , noite escura , quanta lembrança
De quem foi em minha vida o amor primeiro
Com  sua ausência hoje  sofro amargurado
Desconsolado durmo abraçado  ao travesseiro

Triste penumbra  assola  os meus dias
Minha alegria a me deixou e   foi embora
sofro  calado a dor tem me açoitado
Colchão molhado  até minha alma chora

Sua imagem , minha mente , não quer deixar
O meu quarto  não responde aos meus anseios
Tenho ciência que contigo eu agi errado  
Fui o culpado tenho pagado meu devaneio

Triste penumbra  assola  os meus dias
Minha alegria a me deixou e   foi embora
sofro  calado a dor tem me açoitado
Colchão molhado  até minha alma chora
BELEZAS DO SERTÃO
( VALTAIR BERTOLI ) 15/06/2016


só quem que vive em meio a natureza
conhece as belezas e as riquezas do sertão
o grande espaço recebendo o abraço
o céu abrindo os braços indo encontro a imensidão
os animais convivendo em liberdade
ricos de felicidade na igualdade de irmãos
os passarinhos fazendo suas revoadas
sobre ramas orvalhadas pingando por todo chão

os passarinhos fazendo suas revoadas
sobre ramas orvalhadas pingando por todo chão


o seresteiro cantando abre a festa
desperta a floresta atesta com precisão
rouba o cenário cumprindo com o seu fadário
enfeitando o relicário canto puro de paixão
o vento sopra dando voz por toda mata
fazem linda serenata acalenta o rincão
nos rios e lagos o sangue limpo é drenado
por vales e cerrados carregados de emoção

nos rios e lagos o sangue limpo é drenado
por vales e cerrados carregados de emoção


no amanhecer quando o sol principia
se sente a alegria a magia da esperança
olhar a terra e ver nela despertada
a semente germinada plantada com confiança
lembra soldados que estão enfileirados
e todos condecorados formados numa aliança
a terra bruta recebe toda honraria
gera paz e harmonia feito beijo de criança

a terra bruta recebe toda honraria
gera paz e harmonia feito beijo de criança


terça-feira, 14 de junho de 2016

RODEIO DE CAPELINHA
( valtair bertoli ) 14/06/2016

No rodeio em capelinha os peões foram avisados
Que o boi ventania havia se  machucado
Convidaram um boi novo que fora  apelidado
Pela sua ligeireza deram  nome de  tornado
Os fogos já  explodiam o brete foi preparado
Na festa todos peões eram  bem afamados
Bem longe o boi mugia  na  gaiola ainda fechado
Por não ser acostumado debatia revoltado

Deu inicio no rodeio os peões foram aclamados
O povo sentou na arena , estava tudo lotado
Buscaram o tornado para que fosse estreado
Com o som do foguetório o boi estava assustado
Ajustaram  o Sedém deixaram bem apertado
Foi chegando o peão com chapéu todo amassado
Montou em cima do boi sem saber do esperado
Quando deram a saída pra bem longe  foi jogado

Palhaços dentro da arena já ficaram preocupados
Com custo acalmaram a fera o doutor foi chamado
Atendeu  o peão no chão , estava desacordado
Nada mais pode fazer    o  coração tinha parado
Na segunda montaria o boi já estava cansado
Montou um peão de fama que era considerado
Chegou a espora no boi  que girou pra todo lado
No  pulo que deu pro alto sua pata deu um  estalado

O boi caiu no chão com o peão nele  montado
Debatia e bufava  num ato desesperado
Passado oito segundos o peão foi retirado
O boi não se erguia  , a  pata tinha quebrado
Para fora da arena  com trabalho  foi levado
Por não ter outra opção logo  foi sacrificado
Igual  a um tornado chegou e  ficou    marcado

Nunca vai ser esquecido pra  sempre será lembrado

quinta-feira, 9 de junho de 2016

ROTINA DE CABOCLO
( VALTAIR BERTOLI ) 09/06/2016

Logo cedinho acorda o sertão
o sertanejo sai pra trabalhar
A relva fina na grama molhada
cria  gotinhas , logo vão secar
Surge clarão por  trás dos montes
pedindo as nuvens para se  afastar
Os passarinhos saem em revoadas
cantando alegres para festejar

Assim começa meu amanhecer
sigo cantando pela alvorada
Lá na casinha sobe a fumaça
na chaminé toda empretejada
É dentro dela que esta meu tesouro
a minha velha  e a molecada
A essa hora ja estão tomando
o leite fresco da vaca maiada

Garças voando sobre o ribeirão
branco de paz no verde das matas
As seriemas no alto do mourão
na cerca lisa perto da cascata
Na estradinha de terra batida
faço a parada na ponte  da baixada
No corgo limpo vendo os lambaris
encho a moringa com água gelada

Cuido da terra rego com suor
firme na enxada com mão calejada
Semeio nela todo o meu ouro
grão que estava na tuia guardada
De tardezinha volto pro meu rancho
dever cumprido de alma lavada
Faço o agrado a toda família
já com a lua no céu desnudada .

quarta-feira, 8 de junho de 2016

A CIGANA
( VALTAIR BERTOLI ) 08/06/2016

Cansado da sorte tirana procurei uma cigana pra poder me ajudar
De tudo já havia tentado sem resultado nada fazia minha sorte mudar
Logo falou do meu passado que fui errado ao ferir um sentimento
Que estava condenado pra ser atormentado sem ter sorte um só momento

Olhando a palma da minha mão disse que um coração eu havia ferido
viu na linha do destino o rosto de um menino que chorava entristecido
Em uma carta do seu baralho mostrou um atalho para quebrar os encantos
Só tinha uma solução que vinha de um perdão daquele rosto em pranto

Na saída da minha consulta numa insulta a cigana alto bradava
Que o destino tinha preparado um fato marcado numa mão que acenava
Logo o tempo foi passando eu lembrando do que ela havia me dito
Numa tarde inesperada em uma chuva na estrada se deu o seu veredito

Uma senhora me acenava com um jovem que abraçava estavam molhados
O meu carro ali parei e logo notei que ela foi meu amor no passado
Nesse momento compreendi e meu perdão pedi e sorridente me perdoou
Aquele jovem era o meu filho no céu surgiu um brilho e minha vida mudou
DESTINO
(valtair bertoli ) 08/06/2016

O destino plantou em nosso caminho
uma barreira de espinhos
destruiu nossa verdade
Nos deixou em nossa despedida
lagrimas de dor sentidas
 com sabores de saudade
Fez um drama uma  triste melodia
que matava todos dias
 nas cenas seus artistas

Tanto fez até que conseguiu
nosso amor destruiu
separou os protagonistas

É tarde pra consertar o pano
acertar os desenganos
 querendo felicidade
De um palco que o cenário escondia
que no amor não existia
 nenhuma sinceridade
O melhor foi nosso primeiro ato
onde houve de fato
nos sonhos dedicação

Com o tempo as luzes escureceram
e os textos se perderam
junto com eles a paixão .
DESTINOS IGUAIS
( VALTAIR BERTOLI ) 08/06/2016

Passando por uma estradinha
Vi no chão um ninho caído
Do seu lado tinha um passarinho
Piando triste estava ferido

minha vida naquele momento
deu tormento de recordar
De alguém que foi minha amada
me feriu deixou minha morada
Nos meus braços, não quis mais voltar

Aceitei a sina com carinho
do  passarinho feliz eu cuidei
E  logo voltou o  seu canto
um novo amigo eu conquistei

assim me fez  Nosso Senhor
Um  novo amor logo me deu
E no lar que estava ruído
o jardim voltou a ser florido
só com flores minha vida preencheu

terça-feira, 7 de junho de 2016

Festa de Barretos
valtair bertoli ( 07/06/2016 )

To chegando em Barretos as luzes estão brilhando
 com o som alto  tocando  na arena festa afora
belezas tomando o espaço coração que não da fresta
pra curtir logo essa festa  na alegria fazer escora

só quero ser premiado
por uma bela donzela
montada em uma cela
nessa festa de rodeio
por seu laço ser pialado
e me sentir apaixonado
pelo amor condecorado
fazer dele meu esteio

quero sentir alegria ver o povo se agitando
e todos juntos cantando Barretos porque que veio ?
são dez dias de rodeio aqui o sistema  é bruto
nessa festa de matuto eu também estou no meio
.
só quero ser premiado
por uma bela donzela
montada em uma cela
nessa festa de rodeio
por seu laço ser pialado
e me sentir apaixonado
pelo amor condecorado
fazer dele meu esteio.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

TRAÇOS DO DESTINO
( VALTAIR BERTOLI )

no norte a muitos anos / longa seca  castigava
destino traçou seu plano /  da terra quem desfrutava
recaiu numa  família /   que num sitio trabalhava
num velho pai com seu filho / que enfrentava  os empecilhos
e a família sustentava

o velho  experiente / aquele sitinho amava
sempre alegre e sorridente /  da seca não reclamava
a mais de oitenta anos  /  das terras ele cuidava
e o pouco que ele colhia  /  a Deus  sempre agradecia
o alimento que brotava

chegou a hora porem  /  a morte o velho  levava
antes de ir pro o alem /  no leito ao filho  implorava
pra não vender suas terras  / que a familia abrigava
 filho fez um  desacato / não respeitou  o trato
vendeu e logo se  mudava

mudou se para o Rio / onde que  agua sobrava
fez  mansão em cabo frio / seu dinheiro la gastava
a noite deu um temporal /  dos morros  lama brotava
na casa subiu  enchente /  não houve sobrevivente
o erro o destino acertava.na casa  que ele morava