Minha infancia
( valtair bertoli ) 04-12-2017
Recordo da minha infância . A casinha que eu morava
Com o chão de terra batida , E as frestas que o sol entrava
O Fogão a lenha na cozinha , e as brasa que mamãe soprava
E No alto os gomos de linguiça , que na trava ela defumava
nossa casa era humilde , e nela nada nos faltava
Alimento tinha de sobra , E a paz no ambiente reinava
Papai todo dia cedinho , na sala o pote completava
com a agua fresca vinda do poço , que no balde ele puxava
o quintal que era bem grande , por ele eu corria e brincava
Pegava bicho de pé , pois calçado eu nunca usava
no pomar tinha frutas sortidas , passarinhos nele amontoava
na figueira me divertia , no balango bem alto cantava
do mundo eu nada sabia, so ouvia oque o pai me falava
o radio somente a noitinha , um programa a gente escutava
só ouvia modas caipiras , na estação que muito chiava
e papai sentava num banquinho , e tranquilo seu pito fumava
esse canto que foi tão bonito , e que tanto eu admirava
lentamente vi transformar , enquanto minha idade avançava
um dia mudei pra cidade , meu tesouro pra traz eu deixava
por anos a noite sofri , sonhando que nela eu voltava
o progresso lá tudo mudou , destruiu o sitio que eu amava
so restou perto do ribeirão , a figueira onde eu balançava
o tempo na roça pois fim , destruiu o que papai zelava
so me resta lembranças na mente , de quem tanto me acalentava
RECADO AOS AMIGOS Aviso a todos amigos que visitam meu blogue , aqui se encontram letras poemas , letras prontas outras gravadas , mas na maioria são letras que ainda estão na faze bruta , que tem de ser lapidada , aos interessados é so entrar em contado comigo pelo e-mail caminhoneirosp@hotmail,com , e falar qual a letra que interessa e qual o ritimo que vai querer ela , que posso ajeitar ok ! abçs a todos !!
RADIO BARREIRITTO CAIPIRA
Radiobarreirittocaipira
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
No cabo de guatambu
( valtair bertoli ) 08/11/2017
Num cabo de guatambu eu abri o meu caminho
Tirei da minha frente os estrepes e espinhos
Fiz uma casa de taipa pra abrigar o meu benzinho
No meio do meu sertão espanto a solidão
Abraçado no meu pinho
Enfrentei a terra bruta arranquei toco do chão
Trabalhando no roçado criei calo em minha mão
Aguardava a chuva mansa na virada de estação
Cada grão que semeava Deus sempre abençoava
Fazendo a germinação
Construí um chiqueirão também fiz uma mangueira
Beirando o terreirão fiz a tuia de madeira
Levantei um puxadinho pra guardar minhas tranqueiras
com cinco arame farpado estiquei o meu cercado
nas estacas de aroeira
sou um caboclo simples matuto por geração
eu nasci eu fui criado na humildade do sertão
nada paga a liberdade sou eu mesmo meu patrão
aos domingo acendo vela vou cedinho na capela
pra fazer minha oração
( valtair bertoli ) 08/11/2017
Num cabo de guatambu eu abri o meu caminho
Tirei da minha frente os estrepes e espinhos
Fiz uma casa de taipa pra abrigar o meu benzinho
No meio do meu sertão espanto a solidão
Abraçado no meu pinho
Enfrentei a terra bruta arranquei toco do chão
Trabalhando no roçado criei calo em minha mão
Aguardava a chuva mansa na virada de estação
Cada grão que semeava Deus sempre abençoava
Fazendo a germinação
Construí um chiqueirão também fiz uma mangueira
Beirando o terreirão fiz a tuia de madeira
Levantei um puxadinho pra guardar minhas tranqueiras
com cinco arame farpado estiquei o meu cercado
nas estacas de aroeira
sou um caboclo simples matuto por geração
eu nasci eu fui criado na humildade do sertão
nada paga a liberdade sou eu mesmo meu patrão
aos domingo acendo vela vou cedinho na capela
pra fazer minha oração
sábado, 4 de novembro de 2017
Fim de boêmio
( valtair bertoli ) 04/11/2017
Me sinto um vagabundo / excluso da sociedade
Perdido bebendo a noite / pelos cantos da cidade
Sob luzes coloridas / num mundo de hostilidade
Em uma mesa pensante / lembrando a todo instante
Meus momentos de felicidade
Me tornei um boêmio / na vida um Pelegrino
Vagando nas madrugadas / rumando num só destino
Querendo somente afogar / a magoa do meu desatino
Já não creio em mais nada / estou no fim da estrada
Meu fim eu mesmo assino
Magoas tenho de sobra / dinheiro esta no fim
Jamais pensei na minha vida / me ver no mundo assim
Eu que tive de tudo / não tenho ninguém por mim
Quero logo ser levado / para ser sepultado
Ao som de um bandolim
( valtair bertoli ) 04/11/2017
Me sinto um vagabundo / excluso da sociedade
Perdido bebendo a noite / pelos cantos da cidade
Sob luzes coloridas / num mundo de hostilidade
Em uma mesa pensante / lembrando a todo instante
Meus momentos de felicidade
Me tornei um boêmio / na vida um Pelegrino
Vagando nas madrugadas / rumando num só destino
Querendo somente afogar / a magoa do meu desatino
Já não creio em mais nada / estou no fim da estrada
Meu fim eu mesmo assino
Magoas tenho de sobra / dinheiro esta no fim
Jamais pensei na minha vida / me ver no mundo assim
Eu que tive de tudo / não tenho ninguém por mim
Quero logo ser levado / para ser sepultado
Ao som de um bandolim
Homenagem ao roceiro
( valtair bertoli ) 04/11/2017
No ventre da terra o grão semeado
Nela tem
brotado cobrindo o chão
Gerando divisa a nossa pátria amada
E sendo levada na exportação
O nosso roceiro que tem trabalhado
Fica abandonado na imensidão
Se vê ultrajado num canto esquecido
Lutando aguerrido
por todo o sertão
Na sua batalha na luta constante
Observa pensante a atual
situação
Pois sabe que ele é o braço forte
É o esteio é o suporte da nossa nação
Esquece sua dor tapando as feridas
Pra levar comida a todos os irmãos
Enfrenta sol
quente e dificuldades
Pra ter na cidade sobre a mesa o pão
Sujeito honesto e de prosa mansa
Quase não descansa cumpre a obrigação
Seu rosto é marcado pelo sol ardente
seu riso
envolvente oculta com a mão
A tudo ele escuta atento e calado
é
mestre formado em educação
Caboclo é filho da mãe natureza
E da sua grandeza
ele tira a lição
Sua tradição
se mantém milenar
Gosta de cantar de fazer oração
Se deita bem cedo e levanta na aurora
Nossa terra afora cuida
com emoção
Meu irmão da roça é fio da balança
Inspira confiança por sua criação
Aceite a minha humilde homenagem
Levando a mensagem em forma de canção
Escravo da saudade
( valtair bertoli ) 04/11/2017
Me tornei / escravo da saudade
Por pura maldade / de quem que me deixou
Partiu / se foi sem falar nada
Rompeu a madrugada / e nunca mais voltou
O Meu corpo / clama seu carinho
Carente aqui Sozinho / na fria solidão
Triste / vivo encarcerado
sofrendo o desagrado / desse alguém sem coração
Seu sorriso / no sonho me estremece
Seu beijo me aquece / no mundo de ilusão
o ruim / é a realidade
viver a dura verdade / acordado no colchão
Hoje / vago pela noite
Sofrendo o negro açoite / dessa traição
Que /meu sonho destruiu
E assim feliz partiu / sumiu na imensidão
( valtair bertoli ) 04/11/2017
Me tornei / escravo da saudade
Por pura maldade / de quem que me deixou
Partiu / se foi sem falar nada
Rompeu a madrugada / e nunca mais voltou
O Meu corpo / clama seu carinho
Carente aqui Sozinho / na fria solidão
Triste / vivo encarcerado
sofrendo o desagrado / desse alguém sem coração
Seu sorriso / no sonho me estremece
Seu beijo me aquece / no mundo de ilusão
o ruim / é a realidade
viver a dura verdade / acordado no colchão
Hoje / vago pela noite
Sofrendo o negro açoite / dessa traição
Que /meu sonho destruiu
E assim feliz partiu / sumiu na imensidão
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Não da pra esquecer
( valtair bertoli ) 03/11/2017
Já fazem quase dois anos que padeço o desengano
Minha vida é só sofrer
Vi ruir todos meus planos seu amor me causou danos
Que não posso reverter
Bem Melhor teria sido nunca ter te conhecido
E também não se envolver
Só que não tem volta o passado fui feliz a seu lado
Isso não da pra se esquecer
O destino é mesmo incerto o errado a vez é certo
Quem pode compreender
Por isso que ainda insisto de você nunca desisto
Mesmo estando a padecer
So queria algum dia ter de volta a alegria
Que a seu lado pude ter
E sepultar o desagrado , deixando enterrado
E com você feliz viver
Você é minha alegria a aurora fresca do dia
Os raios do sol ao nascer
Você é a madrugada com a noite enluarada
Que brilha ao escurecer
Você é a alvorada vindo linda e desnudada
Pra me dar seu bel prazer
é também o negro espinho que cruzou o meu caminho
Pondo tudo a se perder
Vou seguindo a minha luta nessa árdua disputa
Pra tentar te convencer
Que você é o que preciso que morreu meu paraíso
Sem sua água a verter
Voe seja um passarinho voe e volte pro seu ninho
Antes do céu escurecer
Te aguardo ainda confiante num suspiro incessante
Não demore vou morrer
( valtair bertoli ) 03/11/2017
Já fazem quase dois anos que padeço o desengano
Minha vida é só sofrer
Vi ruir todos meus planos seu amor me causou danos
Que não posso reverter
Bem Melhor teria sido nunca ter te conhecido
E também não se envolver
Só que não tem volta o passado fui feliz a seu lado
Isso não da pra se esquecer
O destino é mesmo incerto o errado a vez é certo
Quem pode compreender
Por isso que ainda insisto de você nunca desisto
Mesmo estando a padecer
So queria algum dia ter de volta a alegria
Que a seu lado pude ter
E sepultar o desagrado , deixando enterrado
E com você feliz viver
Você é minha alegria a aurora fresca do dia
Os raios do sol ao nascer
Você é a madrugada com a noite enluarada
Que brilha ao escurecer
Você é a alvorada vindo linda e desnudada
Pra me dar seu bel prazer
é também o negro espinho que cruzou o meu caminho
Pondo tudo a se perder
Vou seguindo a minha luta nessa árdua disputa
Pra tentar te convencer
Que você é o que preciso que morreu meu paraíso
Sem sua água a verter
Voe seja um passarinho voe e volte pro seu ninho
Antes do céu escurecer
Te aguardo ainda confiante num suspiro incessante
Não demore vou morrer
Tiro errado
( valtair bertoli ) 03/11/2017
1*
eu vi a cobra fumando / quando em casa fui chegando
carcado por tanto mé
a esposa me aguardava / no escuro me espreitava
igual espreita um jacaré
quando no portão cheguei / na hora eu me assustei
ao ouvir tanto banzé
por ela fui agredido /só porque tinha bebido
lá No bailão do Mané
.....
confesso não suportei / em casa eu nem entrei
e voltei pro arrasta pé
2*
voltei de olho roxeado / tinha o pescoço aranhado
com a camisa rasgada
com os amigos comentei foi um tombo que levei
na entrada da morada
Pra acalmar meu coração e esquecer a confusão
Arranjei uma namorada
Quando nela dei um beijo que me bateu o desejo
eu me vi numa enrascada
........
vi minha sogra filmando e distante me zombando
se acabando em gargalhada
3*
hoje vivo entristecido o meu lar foi destruido
nada no mundo me agrada
Me dei mal aquele dia destrui minha alegria
sou motivo de piada
Perdi quem tanto amava confesso não esperava
A atitude da minha amada
aquele video postou no face viralizou
com minha cara estampada
.............
aprendi não mais bebi pois beijava um travesti
Eita cachaça danada
kkkkkkkkkk
( valtair bertoli ) 03/11/2017
1*
eu vi a cobra fumando / quando em casa fui chegando
carcado por tanto mé
a esposa me aguardava / no escuro me espreitava
igual espreita um jacaré
quando no portão cheguei / na hora eu me assustei
ao ouvir tanto banzé
por ela fui agredido /só porque tinha bebido
lá No bailão do Mané
.....
confesso não suportei / em casa eu nem entrei
e voltei pro arrasta pé
2*
voltei de olho roxeado / tinha o pescoço aranhado
com a camisa rasgada
com os amigos comentei foi um tombo que levei
na entrada da morada
Pra acalmar meu coração e esquecer a confusão
Arranjei uma namorada
Quando nela dei um beijo que me bateu o desejo
eu me vi numa enrascada
........
vi minha sogra filmando e distante me zombando
se acabando em gargalhada
3*
hoje vivo entristecido o meu lar foi destruido
nada no mundo me agrada
Me dei mal aquele dia destrui minha alegria
sou motivo de piada
Perdi quem tanto amava confesso não esperava
A atitude da minha amada
aquele video postou no face viralizou
com minha cara estampada
.............
aprendi não mais bebi pois beijava um travesti
Eita cachaça danada
kkkkkkkkkk
sábado, 21 de outubro de 2017
Perdido pelo tempo
( valtair bertoli / Zé do Cravo ) 21/10/2017
Quanta saudade de tudo que foi perdido
aqui sentido guardo na imaginação
As lindas cenas que por mim foram vividas
Hoje esquecidas igual o canto de um cocão
Já não existe mais colônia de meeiros
Nem o terreiro onde malhava o feijão
A colhedeira hoje faz todo o serviço
Dando sumiço nos cambão batido a mão
Ou idade
infelizmente o tempo me corroeu
Já estou velho com o meu corpo cansado
Me sinto misturado com tudo que se perdeu
A tombadeira que o roceiro sempre usou
enferrujou esquecida num galpão
As fortes cangas que as juntas atrelava
e os bois guiava apodreceram pelo chão
sumiu os carros que os morros enfrentava
e carregava a colheita no pranchão
igual o carro o carreiro se calou
tudo silenciou acabou sua profissão
Ou idade
infelizmente o tempo me corroeu
Já estou velho com o meu corpo cansado
Me sinto misturado com tudo que se perdeu
Aquela estrada que eu vi passar boiada
Foi sepultada ficou negra igual carvão
Não tem berrante acabou todas pousadas
E a peonada hoje guia caminhão
não se vê mais lamparina ou ferro a brasa
também nas casas não se usa o lampião
vejo o progresso a cada dia avançando
e acabando com as belezas do sertão
Ou idade
infelizmente o tempo me corroeu
Já estou velho com o meu corpo cansado
Me sinto misturado com tudo que se perdeu
( valtair bertoli / Zé do Cravo ) 21/10/2017
Quanta saudade de tudo que foi perdido
aqui sentido guardo na imaginação
As lindas cenas que por mim foram vividas
Hoje esquecidas igual o canto de um cocão
Já não existe mais colônia de meeiros
Nem o terreiro onde malhava o feijão
A colhedeira hoje faz todo o serviço
Dando sumiço nos cambão batido a mão
Ou idade
infelizmente o tempo me corroeu
Já estou velho com o meu corpo cansado
Me sinto misturado com tudo que se perdeu
A tombadeira que o roceiro sempre usou
enferrujou esquecida num galpão
As fortes cangas que as juntas atrelava
e os bois guiava apodreceram pelo chão
sumiu os carros que os morros enfrentava
e carregava a colheita no pranchão
igual o carro o carreiro se calou
tudo silenciou acabou sua profissão
Ou idade
infelizmente o tempo me corroeu
Já estou velho com o meu corpo cansado
Me sinto misturado com tudo que se perdeu
Aquela estrada que eu vi passar boiada
Foi sepultada ficou negra igual carvão
Não tem berrante acabou todas pousadas
E a peonada hoje guia caminhão
não se vê mais lamparina ou ferro a brasa
também nas casas não se usa o lampião
vejo o progresso a cada dia avançando
e acabando com as belezas do sertão
Ou idade
infelizmente o tempo me corroeu
Já estou velho com o meu corpo cansado
Me sinto misturado com tudo que se perdeu
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
Violeiro por tradição
( valtair bertoli ) pagode 09/10/2017
Não tenho rosto bonito e nem sou delicado
tenho calo nos meus dedos de tocar meus ponteados
minha fala não é mansa mas sustento o alongado
onde tem viola caipira que a moçada admira
eu to junto e misturado
No pé de jabuticaba não se colhe melancia
Pra casa mal assombrada não se contrata vigia
Tem caboclo confundindo rato grande com cutia
Tem violeiro apressado com o dedo acelerado
Atropelando as melodias
Os pagodes que eu canto é bem fácil de tocar
Tem que prestar atenção e suas notas praticar
Faculdade não ensina não adianta procurar
Sou um homem visionário , viola e universitário
Nunca vão combinar
A escola que estudo é no meio do sertão
A minha sala de aula é num grande terreirão
Dinheiro eu nunca ganho toco por satisfação
Toco aquilo que eu vejo que agrada o sertanejo
Igual manda a tradição
( valtair bertoli ) pagode 09/10/2017
Não tenho rosto bonito e nem sou delicado
tenho calo nos meus dedos de tocar meus ponteados
minha fala não é mansa mas sustento o alongado
onde tem viola caipira que a moçada admira
eu to junto e misturado
No pé de jabuticaba não se colhe melancia
Pra casa mal assombrada não se contrata vigia
Tem caboclo confundindo rato grande com cutia
Tem violeiro apressado com o dedo acelerado
Atropelando as melodias
Os pagodes que eu canto é bem fácil de tocar
Tem que prestar atenção e suas notas praticar
Faculdade não ensina não adianta procurar
Sou um homem visionário , viola e universitário
Nunca vão combinar
A escola que estudo é no meio do sertão
A minha sala de aula é num grande terreirão
Dinheiro eu nunca ganho toco por satisfação
Toco aquilo que eu vejo que agrada o sertanejo
Igual manda a tradição
Esperança de pobre
( valtair bertoli / João Miranda ) 05/03/2017
O pobre desde criança
Carrega a esperança , de um mundo melhor
na lida do trabalho duro
No claro ou no escuro , derrama o suor
Com fibra defende a bandeira
quebrando as barreiras , que tem ao redor
lamenta seu sonho rasgado
ao vento jogado , a muito conhece a historia de cor
salario curto mês comprido
pouco tem suprido . suas necessidades
o rico não olha a inflação
só quem sofre é o povão , com a realidade
o governo imposto vai criando
e do povo cobrando , sem ter piedade
o poder hoje esta invertido
ajuda bandido , e manda a conta pra sociedade
na estrada de flores e espinhos
Deus é o caminho , que nos guia pro céu
Tudo ele tem anotado
no seu livro sagrado , pra julgar os réu
pra quando na hora marcada
com Fogo e enxurrada , separar o fiel
Será a hora da virada
No fim da jornada , Deus aos pobres dara seu troféu
( valtair bertoli / João Miranda ) 05/03/2017
O pobre desde criança
Carrega a esperança , de um mundo melhor
na lida do trabalho duro
No claro ou no escuro , derrama o suor
Com fibra defende a bandeira
quebrando as barreiras , que tem ao redor
lamenta seu sonho rasgado
ao vento jogado , a muito conhece a historia de cor
salario curto mês comprido
pouco tem suprido . suas necessidades
o rico não olha a inflação
só quem sofre é o povão , com a realidade
o governo imposto vai criando
e do povo cobrando , sem ter piedade
o poder hoje esta invertido
ajuda bandido , e manda a conta pra sociedade
na estrada de flores e espinhos
Deus é o caminho , que nos guia pro céu
Tudo ele tem anotado
no seu livro sagrado , pra julgar os réu
pra quando na hora marcada
com Fogo e enxurrada , separar o fiel
Será a hora da virada
No fim da jornada , Deus aos pobres dara seu troféu
domingo, 8 de outubro de 2017
Minha querida sogra
( valtair bertoli ) 08/10/2017
na casa da minha sogra / eu nunca durmo direito
fico cismado com ela / desde a hora em que me deito
me viro pra todo lado / na cama nunca me ajeito
é uma grande mão de obra / quando vejo aquela cobra
olhando para o meu leito
a velha é muito estranha / vive amolando o facão
gosta de montar em burro / e também capar leitão
pita cigarro de palha / mata cobra com as mãos
vive escalando montanha / sua coragem é tamanha
que até salta de avião
quando estou na casa dela / fico sempre preocupado
pelo seu olhar estranho / me olhando atravessado
juntinho da minha esposa / vivo sempre abraçado
com a velha tagarela / ajo sempre com cautela
deixo o oitão engatilhado
toda família unida / dizem que segue pra frente
eu também penso assim / nunca pensei diferente
somente a minha sogra / nunca me deixa contente
mantenho a cabeça erguida / e vivo feliz da vida
pois sogra não é parente
( valtair bertoli ) 08/10/2017
na casa da minha sogra / eu nunca durmo direito
fico cismado com ela / desde a hora em que me deito
me viro pra todo lado / na cama nunca me ajeito
é uma grande mão de obra / quando vejo aquela cobra
olhando para o meu leito
a velha é muito estranha / vive amolando o facão
gosta de montar em burro / e também capar leitão
pita cigarro de palha / mata cobra com as mãos
vive escalando montanha / sua coragem é tamanha
que até salta de avião
quando estou na casa dela / fico sempre preocupado
pelo seu olhar estranho / me olhando atravessado
juntinho da minha esposa / vivo sempre abraçado
com a velha tagarela / ajo sempre com cautela
deixo o oitão engatilhado
toda família unida / dizem que segue pra frente
eu também penso assim / nunca pensei diferente
somente a minha sogra / nunca me deixa contente
mantenho a cabeça erguida / e vivo feliz da vida
pois sogra não é parente
sábado, 7 de outubro de 2017
Pescaria entre amigos
( valtair bertoli ) 07/10/2017
Quase todos os pescador a verdade sempre omite
Por isso contam mentiras pra escapar do desquite
O esporte é um santo remédio que cura até artrite
Caboclo pode estar morrendo que não recusa convite
Em casa fica reclamando mas quando esta pescando
Faz coisa que nem Deus permite
As traias da pescaria é sempre bem preparada
Levam caixas de anzol e o isopor de cerveja lotada
Pinga de garrafão de alambique forte destilada
Linha grossa que segura boi de porte na invernada
Lampião pra pescar no escuro pedaço de queijo duro
E num balde seva fermentada
Quando chegam no rio já chegam falando alto
De tanto que todos beberam na viagem pelo asfalto
Alguns ficam com medo de ter onça no mato
Outros soltam do barranco o esguicho da lava jato
Um fica se coçando e fica sempre perguntando
Se alguém já pegou carrapato
Peixe quase que não pegam devido ao barulhão
Por conta de um dos amigos que cai no ribeirão
A galhada na beira do rio parece festa se são João
De tanta linha e anzol enroscadas pelos beberrão
Na hora de ir embora não veem outra solução
Compram do pescador uns peixes pra por no isopor
Pra evitar em casa a gozação
( valtair bertoli ) 07/10/2017
Quase todos os pescador a verdade sempre omite
Por isso contam mentiras pra escapar do desquite
O esporte é um santo remédio que cura até artrite
Caboclo pode estar morrendo que não recusa convite
Em casa fica reclamando mas quando esta pescando
Faz coisa que nem Deus permite
As traias da pescaria é sempre bem preparada
Levam caixas de anzol e o isopor de cerveja lotada
Pinga de garrafão de alambique forte destilada
Linha grossa que segura boi de porte na invernada
Lampião pra pescar no escuro pedaço de queijo duro
E num balde seva fermentada
Quando chegam no rio já chegam falando alto
De tanto que todos beberam na viagem pelo asfalto
Alguns ficam com medo de ter onça no mato
Outros soltam do barranco o esguicho da lava jato
Um fica se coçando e fica sempre perguntando
Se alguém já pegou carrapato
Peixe quase que não pegam devido ao barulhão
Por conta de um dos amigos que cai no ribeirão
A galhada na beira do rio parece festa se são João
De tanta linha e anzol enroscadas pelos beberrão
Na hora de ir embora não veem outra solução
Compram do pescador uns peixes pra por no isopor
Pra evitar em casa a gozação
Nem tudo passa
( valtair bertoli )
Passa o dia passa a noite levo a vida amargurada
Passa o frio passa o calor passa a brisa orvalhada
Passa tudo só não passa minha dor ainda incrustada
Eu na vida vou passando com tristeza fico olhando
Nossa casa abandonada
Quantos planos dentro dela por nós dois foi produzido
Avistando da janela o seu jardim sempre florido
Lindos vasos decoravam com seus ramos coloridos
Lembro você caminhando pela casa indo deixando
O seu perfume sortido
É triste mas é verdade minha vida deu uma guinada
A tempos eu vi partindo meu amor na madrugada
em silencio ela saiu partiu sem me falar nada
Foi grande a decepção fiquei sem minha paixão
Dentro da nossa morada
Agora não conto os dias e também não conto as horas
Vou vivendo na tristeza desde que ela foi embora
Minha vida perdeu o sentido nada a casa decora
Choro feito uma criança quando vejo a aliança
Que a malvada jogou fora
( valtair bertoli )
Passa o dia passa a noite levo a vida amargurada
Passa o frio passa o calor passa a brisa orvalhada
Passa tudo só não passa minha dor ainda incrustada
Eu na vida vou passando com tristeza fico olhando
Nossa casa abandonada
Quantos planos dentro dela por nós dois foi produzido
Avistando da janela o seu jardim sempre florido
Lindos vasos decoravam com seus ramos coloridos
Lembro você caminhando pela casa indo deixando
O seu perfume sortido
É triste mas é verdade minha vida deu uma guinada
A tempos eu vi partindo meu amor na madrugada
em silencio ela saiu partiu sem me falar nada
Foi grande a decepção fiquei sem minha paixão
Dentro da nossa morada
Agora não conto os dias e também não conto as horas
Vou vivendo na tristeza desde que ela foi embora
Minha vida perdeu o sentido nada a casa decora
Choro feito uma criança quando vejo a aliança
Que a malvada jogou fora
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
De volta pro sertão MODA DE VIOLA
( Valtair Bertoli )
To cansado da cidade de ver o tempo passando
de saber que minha mãe distante vive chorando
não esqueço ainda o dia que ela eu fui deixando
das palavras de carinho que em soluço foi falando
meu filho o mundo é incerto se seu plano não der certo
estarei te esperando
se passaram quinze anos que aqui tenho vivido
confesso que a mudança me deixou entristecido
não sei mais dos meus amigos por todos fui esquecido
só mamãe que não me esquece sempre teve me escrevido
ela nunca esteve ausente ouço ela na minha mente
falando filho querido
vim em busca dos meus sonhos aqui na grande cidade
quando deixei o sertão foi contra a minha vontade
por morar muito distante não tinha oportunidade
pensava que na cidade teria prosperidade
confesso fui iludido hoje vivo arrependido
com a dura realidade
vou voltar pro meu sertão aqui eu não fico mais
quero viver com mamãe e esquecer todos meus ais
se eu soubesse não teria deixado ela jamais
as lembranças da minha terra esquecer não sou capais
posso estar enfraquecido mas não me dei por vencido
vou vencer lá em Goiás
( Valtair Bertoli )
To cansado da cidade de ver o tempo passando
de saber que minha mãe distante vive chorando
não esqueço ainda o dia que ela eu fui deixando
das palavras de carinho que em soluço foi falando
meu filho o mundo é incerto se seu plano não der certo
estarei te esperando
se passaram quinze anos que aqui tenho vivido
confesso que a mudança me deixou entristecido
não sei mais dos meus amigos por todos fui esquecido
só mamãe que não me esquece sempre teve me escrevido
ela nunca esteve ausente ouço ela na minha mente
falando filho querido
vim em busca dos meus sonhos aqui na grande cidade
quando deixei o sertão foi contra a minha vontade
por morar muito distante não tinha oportunidade
pensava que na cidade teria prosperidade
confesso fui iludido hoje vivo arrependido
com a dura realidade
vou voltar pro meu sertão aqui eu não fico mais
quero viver com mamãe e esquecer todos meus ais
se eu soubesse não teria deixado ela jamais
as lembranças da minha terra esquecer não sou capais
posso estar enfraquecido mas não me dei por vencido
vou vencer lá em Goiás
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Prisioneiro da saudade POLCA PARGUAIA
( valtair bertoli / ZE DO CRAVO ) 04/10/2017
Me sentindo amargurado / vivendo triste sozinho
Quis voltar pra minha terra / igual volta um passarinho
Preparei as minhas asas / me lancei na alvorada
Viajei por sobre os montes / relembrando do meu ontem
na minha longa jornada
Fui olhando no horizonte / a nuvem esfumaçada
Com ardor forte no vento / causado pelas queimadas
Avistei rio ressequido / e plantações destruídas
Bem distante das aldeias / Também vi represas cheias
restringindo tantas vidas
ao passar pelas queimadas / me causou decepção
ao sentir nas minhas asas / o oleo da poluição
logo perdi minha força / bem distante do meu ninho
e cai num descampado / retornei sem ter chegado
lá no meio do caminho
percebi que a saudade / não pode ser revivida
temos que viver felizes / os dias de nossas vidas
tudo passa tudo muda / e também vamos mudando
e triste lembrar as cenas / mas digo não vale a pena
passar a vida chorando
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Divino anoitecer
( valtair bertoli - Joao Miranda) 03/10/2017
O anoitecer da minha terra é o mais bonito
forma Nuvens no infinito feito flocos de algodão
Raios do sol se destacam no poente
de amarelo reluzente carminando a imensidão
Os passarinhos voam alegres pra morada
Cantando em revoada sobre o pasto do varjão
O Gado em marcha segue junto pra mangueira
aguardando na porteira o manto da escuridão
A verde mata quando a noite vai caindo
de negro vai se tingindo se ouve no ribeirão
O curiango nas ramadas festejando
o urutau feliz cantando sua sinistra canção
Grilos cantantes se ouve por todo canto
Invadindo o recanto despertando a emoção
La no Corguinho se ouve o doce balanço
da agua após o remanso correndo no grotão
luzes em show surgem no cosmo piscante
Anunciando a elegante lua na apresentação
e lentamente ela vem por atrás dos montes
clareando o horizonte com seu manto de paixão
resplende a noite num lindo painel campestre
pincelado pelo mestre num dia de inspiração
cena divina que agradeço do meu leito
toda noite que me deito ao fazer minha oração
( valtair bertoli - Joao Miranda) 03/10/2017
O anoitecer da minha terra é o mais bonito
forma Nuvens no infinito feito flocos de algodão
Raios do sol se destacam no poente
de amarelo reluzente carminando a imensidão
Os passarinhos voam alegres pra morada
Cantando em revoada sobre o pasto do varjão
O Gado em marcha segue junto pra mangueira
aguardando na porteira o manto da escuridão
A verde mata quando a noite vai caindo
de negro vai se tingindo se ouve no ribeirão
O curiango nas ramadas festejando
o urutau feliz cantando sua sinistra canção
Grilos cantantes se ouve por todo canto
Invadindo o recanto despertando a emoção
La no Corguinho se ouve o doce balanço
da agua após o remanso correndo no grotão
luzes em show surgem no cosmo piscante
Anunciando a elegante lua na apresentação
e lentamente ela vem por atrás dos montes
clareando o horizonte com seu manto de paixão
resplende a noite num lindo painel campestre
pincelado pelo mestre num dia de inspiração
cena divina que agradeço do meu leito
toda noite que me deito ao fazer minha oração
sábado, 30 de setembro de 2017
QUERO PRAIA ( LETRA COMERCIAL )
VALTAIR BERTOLI 30/09/2017
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
A noite estava boa estava indo tão bem
Espantei a solidão provocada por meu bem
Dor de cabeça por favor não aperta não
Somente Água de coco pode me dar salvação
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
Na onda de meus amigos eu sai de cara cheia
Quero na onda serena ouvir o canto da sereia
Maresia me liberta alegra a respiração
Areia quente na praia hoje vai ser meu colchão
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
VALTAIR BERTOLI 30/09/2017
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
A noite estava boa estava indo tão bem
Espantei a solidão provocada por meu bem
Dor de cabeça por favor não aperta não
Somente Água de coco pode me dar salvação
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
Na onda de meus amigos eu sai de cara cheia
Quero na onda serena ouvir o canto da sereia
Maresia me liberta alegra a respiração
Areia quente na praia hoje vai ser meu colchão
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
Quero sossego eu quero praia
Passei a noite bebendo na gandaia
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
MEU REDUTO ENCANTADO (CURURU)
( VALTAIR BERTOLI )
construí o meu ranchinho la perto do ribeirão
fiz ele de palha e barro amassei com pé e mão
cobri com bacuri minha humilde mansão
pra comida cozinhar e cafe tambem passar
uso lenha no fogão
fiz cercado de arame reforcei bem a porteira
o mourão e seu batente fiz todo de aroeira
minha luz é lamparina que clareia a casa inteira
pra andar na escuridão uso levar o lampião
e tambem a cartucheira
num cercado de bambu é que crio meus bichinhos
crio galo crio pato cada um tem seu cantinho
tenho um cachorro ensinado que espanta gavião
atento cuida das chocas no quintal da barroca
protege as criação
junto da minha cabocla levo a vida sossegado
tenho no pequeno pasto oito cabeça de gado
meu descanso é merecido estou velho e aposentado
tenho tudo que preciso num pequeno paraizo
meu reduto encantado
( VALTAIR BERTOLI )
construí o meu ranchinho la perto do ribeirão
fiz ele de palha e barro amassei com pé e mão
cobri com bacuri minha humilde mansão
pra comida cozinhar e cafe tambem passar
uso lenha no fogão
fiz cercado de arame reforcei bem a porteira
o mourão e seu batente fiz todo de aroeira
minha luz é lamparina que clareia a casa inteira
pra andar na escuridão uso levar o lampião
e tambem a cartucheira
num cercado de bambu é que crio meus bichinhos
crio galo crio pato cada um tem seu cantinho
tenho um cachorro ensinado que espanta gavião
atento cuida das chocas no quintal da barroca
protege as criação
junto da minha cabocla levo a vida sossegado
tenho no pequeno pasto oito cabeça de gado
meu descanso é merecido estou velho e aposentado
tenho tudo que preciso num pequeno paraizo
meu reduto encantado
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Oração
Ao longe olhando no céu / Nuvens no
alto distantes
Elevo com fé o meu pedido / Ao mestre
onipotente
Senhor Deus da cura / Mestre meu
salvador
Daí paz e alegria / tira da carne a
dor
Ouça aqueles que clamam / por Seu
nome com fervor
Meu pai eu te imploro / nos cubra com
seu manto de amor
estenda seus braços ao povo / seja o
nosso pescador
seu sangue jorrou na cruz / perdoando
a todos pecador
Fazei dessa oração / Um hino de
fraternidade
Renove a fé na unção / Afaste toda maldade
O mundo esta doente / derrame a sua
verdade
Dando ao povo a esperança / nesse
mundo de desigualdade
Tem irmão que esta carente / passando
por dificuldade
Daí a todos a benção / e abrigo na eternidade
( valtair bertoli ) 25/09/2017
domingo, 17 de setembro de 2017
RENASCER
( valtair bertoli ) 17/09/2017
Lá se foi a juventude / pouco tempo resta agora
igual os bois de carro / também estou indo embora
Carreguei a minha canga / Por esse mundão afora
Pelo tempo fui vencido / confesso entristecido
A lembrança me devora
A saudade em meu peito / Todo dia vem e ancora
O meu tempo de infância / Sem piedade ela explora
Fazendo brotar nos olhos / Lagrimas quentes que aflora
Revivendo os momentos / dos mais lindos sentimentos
Dos meus tempos de outrora
Os riscos do meu cansaço / a minha face decora
As dores das minhas juntas / a noite sempre piora
Só quando olho os netinhos / é que sinto uma melhora
Sentado no meu cantinho / Deles recebo carinho
Nenhum deles me ignora
Acordo todos os dias / vendo o raiar da aurora
Ouvindo do meu ranchinho / a passarada canora
Me vejo igual o orvalho / no galho quando evapora
Que brilha no amanhecer / sabendo que vai morrer
Que Deus sempre pastora
( valtair bertoli ) 17/09/2017
Lá se foi a juventude / pouco tempo resta agora
igual os bois de carro / também estou indo embora
Carreguei a minha canga / Por esse mundão afora
Pelo tempo fui vencido / confesso entristecido
A lembrança me devora
A saudade em meu peito / Todo dia vem e ancora
O meu tempo de infância / Sem piedade ela explora
Fazendo brotar nos olhos / Lagrimas quentes que aflora
Revivendo os momentos / dos mais lindos sentimentos
Dos meus tempos de outrora
Os riscos do meu cansaço / a minha face decora
As dores das minhas juntas / a noite sempre piora
Só quando olho os netinhos / é que sinto uma melhora
Sentado no meu cantinho / Deles recebo carinho
Nenhum deles me ignora
Acordo todos os dias / vendo o raiar da aurora
Ouvindo do meu ranchinho / a passarada canora
Me vejo igual o orvalho / no galho quando evapora
Que brilha no amanhecer / sabendo que vai morrer
Que Deus sempre pastora
sábado, 29 de julho de 2017
CANECA DE ESMALTE
( valtair bertoli ) 29/07/2017
CANECA DE ESMALTE
( valtair bertoli / João Miranda ) 29/07/2017
Essa caneca esmaltada / que guardo como herança
É Uma relíquia achada / Do meu tempo de criança
Foi tudo que me sobrou / Do sitio nova aliança
Aonde o papai morou / e tempo lá trabalhou
Sempre cheio de esperança
Nossa casa era humilde / Um ranchinho beira chão
Minha mãe dona Clotilde / Por ela tinha paixão
Do seu lado no terreiro / Tinha um forno feito a mão
Pra longe exalava o cheiro / Quando mamae no braseiro
feliz assava o pão
Meu pai atarefado / apressado eu sempre via
So ficava sossegado / quando a plantação colhia
Pro roçado ia cedinho / antes de raiar o dia
só voltava pro ranchinho / com o sol bem baixinho
que no poente caia
eu mais meus irmãos / a horta ficava aguando
dando milho as criação / passava o dia brincando
ia nadar no Corguinho / vivia sempre cantando
ia caçar passarinho / mas o tempo como espinho
de lá foi nos tirando
quando o sitio foi vendido / mudamos para a cidade
perdi meus pais querido / avançou a minha idade
passei anos tão distante / daquela propriedade
La voltei recentemente / pra ver tudo novamente
sofri com a realidade
quando cheguei no local / me doeu o coração
nada mais estava igual / sofri a decepção
vi a casa destruída / oque me chamou atenção
foi a caneca escondida / pelas cinzas envolvida
e coberta de carvão
hoje quando olho pra ela / a lembrança me invade
vejo mamãe na janela / com semblante de humildade
me chamando pra entrar / pra tomar leite a vontade
sinto ao passado voltar / e assim pego a chorar
no presente da saudade
( valtair bertoli ) 29/07/2017
CANECA DE ESMALTE
( valtair bertoli / João Miranda ) 29/07/2017
Essa caneca esmaltada / que guardo como herança
É Uma relíquia achada / Do meu tempo de criança
Foi tudo que me sobrou / Do sitio nova aliança
Aonde o papai morou / e tempo lá trabalhou
Sempre cheio de esperança
Nossa casa era humilde / Um ranchinho beira chão
Minha mãe dona Clotilde / Por ela tinha paixão
Do seu lado no terreiro / Tinha um forno feito a mão
Pra longe exalava o cheiro / Quando mamae no braseiro
feliz assava o pão
Meu pai atarefado / apressado eu sempre via
So ficava sossegado / quando a plantação colhia
Pro roçado ia cedinho / antes de raiar o dia
só voltava pro ranchinho / com o sol bem baixinho
que no poente caia
eu mais meus irmãos / a horta ficava aguando
dando milho as criação / passava o dia brincando
ia nadar no Corguinho / vivia sempre cantando
ia caçar passarinho / mas o tempo como espinho
de lá foi nos tirando
quando o sitio foi vendido / mudamos para a cidade
perdi meus pais querido / avançou a minha idade
passei anos tão distante / daquela propriedade
La voltei recentemente / pra ver tudo novamente
sofri com a realidade
quando cheguei no local / me doeu o coração
nada mais estava igual / sofri a decepção
vi a casa destruída / oque me chamou atenção
foi a caneca escondida / pelas cinzas envolvida
e coberta de carvão
hoje quando olho pra ela / a lembrança me invade
vejo mamãe na janela / com semblante de humildade
me chamando pra entrar / pra tomar leite a vontade
sinto ao passado voltar / e assim pego a chorar
no presente da saudade
quarta-feira, 26 de julho de 2017
Montado na ilusão
( Valtair Bertoli ) 26/07/2017
Cavalgando na saudade , no lombo da ilusão
Apiei do meu cavalo , na sombra da solidão
Fui abrindo a porteira , da minha recordação
E logo me vi chegando e meu povo abraçando
Dentro da imaginação
Vi Chiquinho boiadeiro , arriando seu cavalo
E Narciso pé de vento , na rinha treinando o galo
Vi o João pouca telha , com o seu cabelo ralo
Pastorando os caprinos ouvindo o bater do sino
Distante com seu badalo
Vi meu velho sorridente , galopando no bragado
Repicando o berrante , no pasto juntando o gado
Mamãe estava tão linda , de vestido estampado
Cuidando com muito zelo das tranças no seu cabelo
Com nosso radio ligado
Contente revi minha sala , nela a minha carteira
Atenta a professora , na escola de madeira
pude ver o Monjolinho , e a sombrosa figueira
aonde os peões pousavam do fogo que cozinhavam
vi a cinza da fogueira
logo deu um temporal , vi poeira levantando
as bacias do quintal , o vento saiu levando
caiu um cisco em meu olho , assim fui acordando
descobri que era um sonho fiquei muito tristonho
sentei na cama chorando
( Valtair Bertoli ) 26/07/2017
Cavalgando na saudade , no lombo da ilusão
Apiei do meu cavalo , na sombra da solidão
Fui abrindo a porteira , da minha recordação
E logo me vi chegando e meu povo abraçando
Dentro da imaginação
Vi Chiquinho boiadeiro , arriando seu cavalo
E Narciso pé de vento , na rinha treinando o galo
Vi o João pouca telha , com o seu cabelo ralo
Pastorando os caprinos ouvindo o bater do sino
Distante com seu badalo
Vi meu velho sorridente , galopando no bragado
Repicando o berrante , no pasto juntando o gado
Mamãe estava tão linda , de vestido estampado
Cuidando com muito zelo das tranças no seu cabelo
Com nosso radio ligado
Contente revi minha sala , nela a minha carteira
Atenta a professora , na escola de madeira
pude ver o Monjolinho , e a sombrosa figueira
aonde os peões pousavam do fogo que cozinhavam
vi a cinza da fogueira
logo deu um temporal , vi poeira levantando
as bacias do quintal , o vento saiu levando
caiu um cisco em meu olho , assim fui acordando
descobri que era um sonho fiquei muito tristonho
sentei na cama chorando
segunda-feira, 24 de julho de 2017
Marcas do tempo
( valtair bertoli ) 24-07-2017
Triste olhando minha traia pendurada
Empoeirada dentro de um velho galpão
Bateu saudade das minhas longas jornadas
Junto a boiada desfilando no estradão
Desde criança a peonada admirava
E respeitava as regras da profissão
Em pouco tempo aprendi ganhar dinheiro
dos culatreiros quando vi era o patrão
Ho saudade
sem perceber o tempo me corroeu
Levou embora a minha felicidade
Castigado pela idade ,
meu corpo envelheceu
Me doí ver minha traia assim parada
Que na estrada nunca me deixou na mão
Durante a noite revisava na pousada
Hoje encostada me aperta o coração
Meu velho laço enrolado e ressecado
Abandonado sem bainha meu facão
A minha cela esta toda desbotada
Dependurada nun gancho junto ao gibão
Ho saudade
sem perceber o tempo me corroeu
Levou embora a minha felicidade
Castigado pela idade ,
meu corpo envelheceu
Meu par de espora engripou suas rosetas
Numa gaveta vi mofado o cinturão
Vi o sinete amassado sem badalo
Do meu cavalo sem couro vi o argolão
Na juventude eu me vi por um instante
Com o berrante repicando no sertão
Esse mantenho ele sempre bem guardado
Pra ser levado um dia no meu caixão
Ho saudade
sem perceber o tempo me corroeu
Levou embora a minha felicidade
Castigado pela idade ,
meu corpo envelheceu
sábado, 22 de julho de 2017
O carro e meu pai
( valtair bertoli ) 22/07/2017
Olhando triste para um cabeçario
Apodrecendo sua ponta junto ao chão
E quatro cangas já todas desgastadas
Abandonadas sobre o velho pranchão
Não avistei a chaveta e o pigarro
Não vi o chumaço o caniço e o cadião
Assim achei esse carro abandonado
No chão jogado sem rodeiro e sem cocão
Lembro meu pai chegando com seus bois
E atrelando cheio de satisfação
a cada junta que no carro ele montava
Os bois chamava apontando sua mão
Já foi o tempo acabou todos carreiros
Já não tem marcas deixadas no grotão
Só resta agora as marcas do meu passado
Riscos deixados dentro da imaginação
Fui candieiro no meu tempo de criança
Ver essa cena me apertou o coração
lembrei meu pai quando uma peça trocava
ela alisava com carinho no formão
Ele dizia tudo tem que estar perfeito
o nosso carro é o nosso ganha pão
Hoje me vi novamente ao seu lado
Fui cutucado com a vara da solidão
ref:
Eiaaaaaaaaaaaaaaaa boi
quanta saudade do meu pai pelo sertão
feliz seguia no seu carro carreando
ia atento comandando a marcha no estradão
( valtair bertoli ) 22/07/2017
Olhando triste para um cabeçario
Apodrecendo sua ponta junto ao chão
E quatro cangas já todas desgastadas
Abandonadas sobre o velho pranchão
Não avistei a chaveta e o pigarro
Não vi o chumaço o caniço e o cadião
Assim achei esse carro abandonado
No chão jogado sem rodeiro e sem cocão
Lembro meu pai chegando com seus bois
E atrelando cheio de satisfação
a cada junta que no carro ele montava
Os bois chamava apontando sua mão
Já foi o tempo acabou todos carreiros
Já não tem marcas deixadas no grotão
Só resta agora as marcas do meu passado
Riscos deixados dentro da imaginação
Fui candieiro no meu tempo de criança
Ver essa cena me apertou o coração
lembrei meu pai quando uma peça trocava
ela alisava com carinho no formão
Ele dizia tudo tem que estar perfeito
o nosso carro é o nosso ganha pão
Hoje me vi novamente ao seu lado
Fui cutucado com a vara da solidão
ref:
Eiaaaaaaaaaaaaaaaa boi
quanta saudade do meu pai pelo sertão
feliz seguia no seu carro carreando
ia atento comandando a marcha no estradão
quinta-feira, 20 de julho de 2017
DENUNCIA
( VALTAIR BERTOLI )
Pra você que esta ai ouvindo o radio agora
Escutando minha voz acompanhada por viola
Venho aqui denunciar um amor que foi embora
Fez igual um passarinho quando escapa da gaiola
Quero a ela perguntar porque pode estar ouvindo
Se ela me tem amor porque então vive fugindo
Se ela não tem ninguém porque então me ignora
E por que vive falando que comigo ela namora
Eu sei que você sabe que por ti estou sofrendo
Porque não telefona isso que eu não compreendo
Se você quer judiar só me impor o seu castigo
Meu bem aqui eu te imploro não faça isso comigo
( VALTAIR BERTOLI )
Pra você que esta ai ouvindo o radio agora
Escutando minha voz acompanhada por viola
Venho aqui denunciar um amor que foi embora
Fez igual um passarinho quando escapa da gaiola
Quero a ela perguntar porque pode estar ouvindo
Se ela me tem amor porque então vive fugindo
Se ela não tem ninguém porque então me ignora
E por que vive falando que comigo ela namora
Eu sei que você sabe que por ti estou sofrendo
Porque não telefona isso que eu não compreendo
Se você quer judiar só me impor o seu castigo
Meu bem aqui eu te imploro não faça isso comigo
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Flor do passado
( valtair bertoli ) 19/07/2017
Jamais pensei em toda minha vida
Que um dia eu iria vela assim
Sozinha vagando sem guarida
uma flor murcha caída no jardim
A flor tão bela que foi no passado
Que se vestia com roupa de cetim
Por quem um dia eu fui desprezado
Pedindo agora seu perdão para mim
Confesso a ti que não estou contente
De te encontrar em tão mal situação
Por seu amor eu fui tão carente
Você que um dia foi minha grande paixão
Tudo passou e hoje eu estou mudado
A muito tempo acabou minha paixão
digo a você que não estou magoado
e eu já tenho outro amor no coração
( valtair bertoli ) 19/07/2017
Jamais pensei em toda minha vida
Que um dia eu iria vela assim
Sozinha vagando sem guarida
uma flor murcha caída no jardim
A flor tão bela que foi no passado
Que se vestia com roupa de cetim
Por quem um dia eu fui desprezado
Pedindo agora seu perdão para mim
Confesso a ti que não estou contente
De te encontrar em tão mal situação
Por seu amor eu fui tão carente
Você que um dia foi minha grande paixão
Tudo passou e hoje eu estou mudado
A muito tempo acabou minha paixão
digo a você que não estou magoado
e eu já tenho outro amor no coração
Tempestade de saudade
( valtair bertoli ) 19-07-2017
Os dias da minha vida / ela tudo transformou
na enxurrada da saudade / meu mundo se inundou
meu rosto brilha em pranto / a tempestade o molhou
recordando de um passado /tão lindo que se acabou
quem era tudo pra mim /que jurava me amar
fez na sua despedida / meus olhos triste chorar
agora me afogo em magoas /sofrendo ao recordar
olhando a sua aliança /que ainda insisto em guardar
ref:
já fui feliz nesse mundo / agora é desilusão
perdi a minha querida / que mora em meu coração
virei seu prisioneiro / nas grades dessa paixão
jogado num cativeiro / no colo da solidão
( valtair bertoli ) 19-07-2017
Os dias da minha vida / ela tudo transformou
na enxurrada da saudade / meu mundo se inundou
meu rosto brilha em pranto / a tempestade o molhou
recordando de um passado /tão lindo que se acabou
quem era tudo pra mim /que jurava me amar
fez na sua despedida / meus olhos triste chorar
agora me afogo em magoas /sofrendo ao recordar
olhando a sua aliança /que ainda insisto em guardar
ref:
já fui feliz nesse mundo / agora é desilusão
perdi a minha querida / que mora em meu coração
virei seu prisioneiro / nas grades dessa paixão
jogado num cativeiro / no colo da solidão
sábado, 15 de julho de 2017
Segredo de amor
( valtair bertoli ) 15/07/2017
Sei você já tem alguém
e a todos diz que me esqueceu .
Jura que vive feliz
não lamenta o que aconteceu .
Pensa que se enganando
vai apagar o que viveu .
pois Já te vi chorando
por meu nome chamando tremendo os lábios seus .
Em altas horas da noite
sei que vive a me sondar
Finjo não perceber
e ao garçom a bebida ao chamar
peço dois copos na mesa
como se outra fosse chegar
E noto a sua tristeza
no carro com a luz acesa na avenida ao passar
REF:
Pra que ficar me negando
se ainda vivo em seu coração
se continua me amando
se padece com a separação
conto os dias no dedo
peça que dou meu perdão
venha não tenha medo
quebre o seu segredo vamos viver a paixão
( valtair bertoli ) 15/07/2017
Sei você já tem alguém
e a todos diz que me esqueceu .
Jura que vive feliz
não lamenta o que aconteceu .
Pensa que se enganando
vai apagar o que viveu .
pois Já te vi chorando
por meu nome chamando tremendo os lábios seus .
Em altas horas da noite
sei que vive a me sondar
Finjo não perceber
e ao garçom a bebida ao chamar
peço dois copos na mesa
como se outra fosse chegar
E noto a sua tristeza
no carro com a luz acesa na avenida ao passar
REF:
Pra que ficar me negando
se ainda vivo em seu coração
se continua me amando
se padece com a separação
conto os dias no dedo
peça que dou meu perdão
venha não tenha medo
quebre o seu segredo vamos viver a paixão
Apaixonado
( valtair bertoli ) 15/07/2017 guarania
Cansei de procurar remédio
pra poder curar o meu mal de amor
pois sei que é somente você
quem pode deter no meu peito a dor
Não quero mais viver sozinho
sem os seu carinhos peço por favor
Me leve pra cama
diga que me ama ,
meu bem me aqueça com o seu calor
a vida só nos prega peça
já não consigo te esquecer
meu bem volte o mais depressa
pois sem você não consigo viver
somente após lhe perder
pude perceber o quanto estava errado
pensava que nada existia
que era fantasia mas estava enganado
na vida não tenho sossego
sem o aconchego deitado ao seu lado
meu bem o meu coração
implora seu perdão .
sei não é ilusão estou apaixonado
a vida só nos prega peça
já não consigo te esquecer
meu bem volte o mais depressa
pois sem você não consigo viver
( valtair bertoli ) 15/07/2017 guarania
Cansei de procurar remédio
pra poder curar o meu mal de amor
pois sei que é somente você
quem pode deter no meu peito a dor
Não quero mais viver sozinho
sem os seu carinhos peço por favor
Me leve pra cama
diga que me ama ,
meu bem me aqueça com o seu calor
a vida só nos prega peça
já não consigo te esquecer
meu bem volte o mais depressa
pois sem você não consigo viver
somente após lhe perder
pude perceber o quanto estava errado
pensava que nada existia
que era fantasia mas estava enganado
na vida não tenho sossego
sem o aconchego deitado ao seu lado
meu bem o meu coração
implora seu perdão .
sei não é ilusão estou apaixonado
a vida só nos prega peça
já não consigo te esquecer
meu bem volte o mais depressa
pois sem você não consigo viver
quarta-feira, 12 de julho de 2017
Sem retrocesso
( valtair bertoli ) 12/07/2017
Relembrando minha mocidade
Me bate saudade de um tempo diferente
Que os anos fez tudo mudar
E vi transformar tão rapidamente
Hoje o mundo perdeu a alegria
Acabou a magia de antigamente
O sertão esta todo mudado
Nas cinzas do passado me vejo presente
Acabou a estrada boiadeira
Que erguia poeira no tropel da boiada
Não se usa mais o ferro a brasa
A energia nas casas deixou ela iluminada
O canto do cocão se foi
Com o carro e os bois na junta atrelada
Até mesmo a linda moreninha
Hoje esta mais branquinha e vive maquiada
Os violeiros que antes reunia
Pra fazer cantoria no velho terreirão
Pelo som digital foi vencido
Hoje é só batido dizem que é canção
É som alto no carro filmado
Com jovens drogados perderam a noção
No passado os pais se preocupava
E os filhos levava com as rédeas nas mãos
A pancada do velho monjolinho
A beira do Riozinho também se calou
Os amigos do tempo de criança
Ficou na lembrança o tempo separou
Só o que resta é olhar pro céu
Ver a lua no painel onde nada mudou
Dói saber que o avanço do progresso
Não tem retrocesso o que foi bom se acabou
( valtair bertoli ) 12/07/2017
Relembrando minha mocidade
Me bate saudade de um tempo diferente
Que os anos fez tudo mudar
E vi transformar tão rapidamente
Hoje o mundo perdeu a alegria
Acabou a magia de antigamente
O sertão esta todo mudado
Nas cinzas do passado me vejo presente
Acabou a estrada boiadeira
Que erguia poeira no tropel da boiada
Não se usa mais o ferro a brasa
A energia nas casas deixou ela iluminada
O canto do cocão se foi
Com o carro e os bois na junta atrelada
Até mesmo a linda moreninha
Hoje esta mais branquinha e vive maquiada
Os violeiros que antes reunia
Pra fazer cantoria no velho terreirão
Pelo som digital foi vencido
Hoje é só batido dizem que é canção
É som alto no carro filmado
Com jovens drogados perderam a noção
No passado os pais se preocupava
E os filhos levava com as rédeas nas mãos
A pancada do velho monjolinho
A beira do Riozinho também se calou
Os amigos do tempo de criança
Ficou na lembrança o tempo separou
Só o que resta é olhar pro céu
Ver a lua no painel onde nada mudou
Dói saber que o avanço do progresso
Não tem retrocesso o que foi bom se acabou
domingo, 2 de julho de 2017
Guaiaca do papai TOADA BALANÇO
( valtair bertoli ) 02/07/2017
Lembro meu pai usando roupa surrada
Carregando sua inchada indo pra cuidar do chão
Já com seu rosto pelo sol castigado
Levando num amarrado a boia num caldeirão
Lá na biquinha da mina sempre parava
a moringa completava cheio de satisfação
e na lavoura enquanto ele capinava
da casa mamãe cuidava me dando educação
sua guaiaca num prego ele pendurava
quase nunca ela usava passava de mês vazia
e com carinho da família ele zelava
na mesa nada faltava só na colheita enchia
com o seu lucro o banco logo pagava
caderno pra mim comprava e feliz ele sorria
e foi assim que me mandou pra cidade
me pagou a faculdade na lida de boia fria
se hoje uso roupa de grife afamada
tenho caneta dourada e passeio de avião
se minha pele é lisa e bem cuidada
como tudo que me agrada nas mesas de exposição
foi porque o meu pai de dedicou
seu suor derramou na terra na plantação
hoje ele vive com a guaiaca recheada
numa fazenda formada no meio do meu sertão
hoje ele vive com a guaiaca recheada
numa fazenda formada no meio do meu sertão .
segunda-feira, 26 de junho de 2017
sábado, 24 de junho de 2017
Grades da saudade BOLERO
( valtair bertoli ) 24/06/2017
Estou preso numa cela invisível
Por um ser desprezível
que me trancou na saudade
Pago o preço do meu crime cometido
Por ela fui iludido
por que a amei de verdade
Sua lembrança toda noite me tortura
me açoita na clausura
me bate sem piedade
já procurei no cabaré minha alforria
não senti nem alegria
não achei minha liberdade
ref:
agora triste eu vivo agonizando
solitário esperando a chave do seu perdão
sofro o castigo num jazigo sufocado
pelo amor fui condenado ao perder minha paixão
( valtair bertoli ) 24/06/2017
Estou preso numa cela invisível
Por um ser desprezível
que me trancou na saudade
Pago o preço do meu crime cometido
Por ela fui iludido
por que a amei de verdade
Sua lembrança toda noite me tortura
me açoita na clausura
me bate sem piedade
já procurei no cabaré minha alforria
não senti nem alegria
não achei minha liberdade
ref:
agora triste eu vivo agonizando
solitário esperando a chave do seu perdão
sofro o castigo num jazigo sufocado
pelo amor fui condenado ao perder minha paixão
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Ilusão da partida
( valtair bertoli ) 22-06-2017
Ainda recordo o dia da minha
partida
na porteira a batida
acelerando o coração
o meu cavalo caminhando a meu
lado
com olhar desconfiado
vendo a mala em minha mão
alvorecia o sol nem tinha
nascido
ver meu velho entristecido me cortou o coração
e da janela minha mãe
triste acenava
distante ela chorava sem me
dar demonstração
sai andando pela
estrada orvalhada
pela terra ainda molhada derramei pranto no chão
olhando o ceu o voar dos passarinhos
nela eu ia sozinho fazendo
minha oração
a jardineira foi chegando apressada
de traia vinha lotada seguindo pra estação
nesse percurso dentro dela ia
pensando
o que estava me aguardando
distante nesse mundão
agora fico lamentado o meu
passado
do meu canto abençoado so
restou recordação
já faleceu
minha mãe e o pai querido
nosso sitio foi vendido arrancaram
as plantação
tudo mudou só cana lá tem
plantado
e tijolos amontoados onde
era o galpão
se eu soubesse de lá não
tinha saido
meu passado foi perdido os troquei
por ilusão
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Bilhete de ida
( valtair bertoli ) 19/06/2017
Comprei passagem um bilhete só de ida
Estou de partida vou deixar quem tanto amei
Irei embora com o meu peito magoado
Em outro estado amanhã cedo estarei
Levo comigo as lembranças desse amor
Que sem pudor no fim deu desilusão
Me dediquei mas não fui correspondido
Parto ferido por não ter outra opção
Dei tudo a ela que estava a meu alcance
Em nosso enlance ela jurou sempre me amar
Foram três anos construindo nosso ninho
Triste sozinho eu vi tudo se acabar
Um outro alguém apareceu no seu caminho
Os seus carinhos eu percebi adormecer
E me trocou por um ex do seu passado
Fiquei de lado sem nada poder fazer
Desejo a ela que tenha felicidade
Deixo a cidade pois não quero mais a ver
Levo as lembranças do seu corpo em meu braços
Dos entrelaço ouvindo sua voz gemer
Fui bem feliz com o amor que aconteceu
E não fui eu o culpado desse fim
Estou indo embora a procura de alguém
Que sem ninguém devolva a paz pra mim
( valtair bertoli ) 19/06/2017
Comprei passagem um bilhete só de ida
Estou de partida vou deixar quem tanto amei
Irei embora com o meu peito magoado
Em outro estado amanhã cedo estarei
Levo comigo as lembranças desse amor
Que sem pudor no fim deu desilusão
Me dediquei mas não fui correspondido
Parto ferido por não ter outra opção
Dei tudo a ela que estava a meu alcance
Em nosso enlance ela jurou sempre me amar
Foram três anos construindo nosso ninho
Triste sozinho eu vi tudo se acabar
Um outro alguém apareceu no seu caminho
Os seus carinhos eu percebi adormecer
E me trocou por um ex do seu passado
Fiquei de lado sem nada poder fazer
Desejo a ela que tenha felicidade
Deixo a cidade pois não quero mais a ver
Levo as lembranças do seu corpo em meu braços
Dos entrelaço ouvindo sua voz gemer
Fui bem feliz com o amor que aconteceu
E não fui eu o culpado desse fim
Estou indo embora a procura de alguém
Que sem ninguém devolva a paz pra mim
domingo, 18 de junho de 2017
Fechadura da saudade
( valtair bertoli ) 18/06/2017
Guardo na mente um baú recheado
Com fatos do meu passado / e cenas de minha historia
Quem tem a chave é minha amiga saudade
E Quando o meu peito invade / abre ele na memória
Me surgem luzes do meu tempo de criança
Me mostrando as lembranças / que desperta a emoção
Volto na casa no lugar que fui criado
Meu cantinho abençoado / com as belezas do sertão
Vejo meu pai saindo cedo apressado
Na lida apartando o gado / ordenhando na mangueira
O João de barro dando suas revoadas
Construindo a sua morada / bem no alto da paineira
Chego a ouvir o carro de boi na lida
Subindo a trilha cumprida / rangendo os seus cocão
Os boiadeiros Conduzindo as boiadas
Com a tropa empoeirada / pra pousar no ribeirão
Ainda na mente vejo perto da porteira
A velha e grande figueira / com sua sombra frondosa
Lá eu brincava e mamãe de casa olhava
No almoço me chamava / com voz calma e carinhosa
Ficou guardado o aroma da infância
No cantinho da fragrância / de tantas recordação
Somente eu sinto não pode ser dividido
Sou feliz por ter vivido / lindos anos no rincão
( valtair bertoli ) 18/06/2017
Guardo na mente um baú recheado
Com fatos do meu passado / e cenas de minha historia
Quem tem a chave é minha amiga saudade
E Quando o meu peito invade / abre ele na memória
Me surgem luzes do meu tempo de criança
Me mostrando as lembranças / que desperta a emoção
Volto na casa no lugar que fui criado
Meu cantinho abençoado / com as belezas do sertão
Vejo meu pai saindo cedo apressado
Na lida apartando o gado / ordenhando na mangueira
O João de barro dando suas revoadas
Construindo a sua morada / bem no alto da paineira
Chego a ouvir o carro de boi na lida
Subindo a trilha cumprida / rangendo os seus cocão
Os boiadeiros Conduzindo as boiadas
Com a tropa empoeirada / pra pousar no ribeirão
Ainda na mente vejo perto da porteira
A velha e grande figueira / com sua sombra frondosa
Lá eu brincava e mamãe de casa olhava
No almoço me chamava / com voz calma e carinhosa
Ficou guardado o aroma da infância
No cantinho da fragrância / de tantas recordação
Somente eu sinto não pode ser dividido
Sou feliz por ter vivido / lindos anos no rincão
sábado, 17 de junho de 2017
REI DO LAÇO
( VALTAIR BERTOLI ) moda de viola
numa festa de casamento / que a muito tempo se vai
teve um fato acontecido / que da minha mente não sai
duas famílias felizes / num sitio juntos festejava
com fartura de comida / bebida tinha que sobrava
Tenório e a linda Sandrinha / seus sonhos realizavam
alem de unir as famílias / eles também se amavam
família humilde de Sandrinha / vivia do que plantava
e família de Tenório / famosa por bois que domava
ja era de tardezinha / a noite perto beirava
todos comiam e bebiam / a festa feliz continuava
os homens pela bebida / já davam altas risadas
o álcool ia subindo / naquela festa animada
Tenório era boiadeiro / de sobrenome afamado
peão de muita ciência / de tanto lidar com gado
na baixada do varjão / do sitio que a festa se dava
tinha um boi besta fera / que perto ninguém chegava
e foi na boca da noite / que o boi resolveu aprontar
por não estar acostumado / com barulheira no lugar
levou a cerca no peito / saiu em grande disparada
rumou sentido a sede / bufando de cabeça baixada
Tenorio viu a besta fera / subindo entrando na estrada
tentou se levantar / sentiu as pernas fraquejada
ao longe avistou seu avô / a cavalo vindo da invernada
seguia a passo lento / pois já tinha a idade avançada
o avô sobre seu cavalo / vendo aquela situação
chegou a espora no macho / já com o seu laço na mão
pareou ao lado do bruto / lançou seu laço trançado
firmou ele na cela / cavalo dominou o estalado
foi um grande alvoroço / levantou um grande poeirão
todos virão a besta fera / dando com a cara no chão
o velho ficou montado / sorrindo em cima do alazão
relembrando seu tempo de gloria / de rei do laço do sertão
( VALTAIR BERTOLI ) moda de viola
numa festa de casamento / que a muito tempo se vai
teve um fato acontecido / que da minha mente não sai
duas famílias felizes / num sitio juntos festejava
com fartura de comida / bebida tinha que sobrava
Tenório e a linda Sandrinha / seus sonhos realizavam
alem de unir as famílias / eles também se amavam
família humilde de Sandrinha / vivia do que plantava
e família de Tenório / famosa por bois que domava
ja era de tardezinha / a noite perto beirava
todos comiam e bebiam / a festa feliz continuava
os homens pela bebida / já davam altas risadas
o álcool ia subindo / naquela festa animada
Tenório era boiadeiro / de sobrenome afamado
peão de muita ciência / de tanto lidar com gado
na baixada do varjão / do sitio que a festa se dava
tinha um boi besta fera / que perto ninguém chegava
e foi na boca da noite / que o boi resolveu aprontar
por não estar acostumado / com barulheira no lugar
levou a cerca no peito / saiu em grande disparada
rumou sentido a sede / bufando de cabeça baixada
Tenorio viu a besta fera / subindo entrando na estrada
tentou se levantar / sentiu as pernas fraquejada
ao longe avistou seu avô / a cavalo vindo da invernada
seguia a passo lento / pois já tinha a idade avançada
o avô sobre seu cavalo / vendo aquela situação
chegou a espora no macho / já com o seu laço na mão
pareou ao lado do bruto / lançou seu laço trançado
firmou ele na cela / cavalo dominou o estalado
foi um grande alvoroço / levantou um grande poeirão
todos virão a besta fera / dando com a cara no chão
o velho ficou montado / sorrindo em cima do alazão
relembrando seu tempo de gloria / de rei do laço do sertão
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Caboclo realizado
( valtair bertoli ) 15/06/2017 pagode
Meus pés não tem ventoinha / Nem tenho asas nas mãos
Levanto de madrugada / Descalço piso no chão
Dirijo um cabo de enchada / Nas ruas da plantação
Ouvindo a mãe natureza / No radio da imensidão
Ninguém tem peito de ferro / Nem mesmo alma de aço
A preguiça é quem que faz / Do homem ser um fracasso
Meu pulso não tem relógio / a lida ninguém controla
Passo o dia feliz / aqui ninguém me amola
começo a lida bem cedo / meu trabalho não embola
Contemplando as belezas / minha alegria decola
Ninguém tem peito de ferro / Nem mesmo alma de aço
A preguiça é quem que faz / Do homem ser um fracasso
Saúde eu tenho de sobra / Não falta disposição
Gosto de lidar com a terra / Também com as criação
Tenho uma linda princesa / que mora em meu coração
E uma viola afinada / Que alegra a noite no sertão
Ninguém tem peito de ferro / Nem mesmo alma de aço
A preguiça é quem que faz / Do homem ser um fracasso
( valtair bertoli ) 15/06/2017 pagode
Meus pés não tem ventoinha / Nem tenho asas nas mãos
Levanto de madrugada / Descalço piso no chão
Dirijo um cabo de enchada / Nas ruas da plantação
Ouvindo a mãe natureza / No radio da imensidão
Ninguém tem peito de ferro / Nem mesmo alma de aço
A preguiça é quem que faz / Do homem ser um fracasso
Meu pulso não tem relógio / a lida ninguém controla
Passo o dia feliz / aqui ninguém me amola
começo a lida bem cedo / meu trabalho não embola
Contemplando as belezas / minha alegria decola
Ninguém tem peito de ferro / Nem mesmo alma de aço
A preguiça é quem que faz / Do homem ser um fracasso
Saúde eu tenho de sobra / Não falta disposição
Gosto de lidar com a terra / Também com as criação
Tenho uma linda princesa / que mora em meu coração
E uma viola afinada / Que alegra a noite no sertão
Ninguém tem peito de ferro / Nem mesmo alma de aço
A preguiça é quem que faz / Do homem ser um fracasso
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Poeta do céu
( valtair bertoli ) 01/06/2017
Quando cai a tarde com o sol no poente
Contemplo contente toda passarada
Olhando distante as cores no horizonte
Nuvens sobre os montes de cor alaranjada
Nas galhadas ainda vejo a luz que refrata
Por de traz da mata na água do ribeirão
Me sinto feliz da casinha olhando
O sol se amoitando na tarde do sertão
O astro Rei ao longe vai despedindo
Com a noite surgindo desce a escuridão
Trazendo consigo o manto azulado
Com os pingos dourados na imensidão
Na grama os grilos cantam em serenata
lua fica grata e vem ouvir a canção
Toda majestosa logo se faz presente
Pintando o horizonte com o seu clarão
Estrelas apressadas correm riscando o céu
No corgo do vergel curiango da o piado
a coruja atenta caça por todo campo
junto a pirilampo piscando de todo lado
a grama de relva fica toda molhada
No romper da alvorada no amanhecer
A essa hora a muito já estou de pé
Tomando café junto ao meu bem querer
Tudo isso eu vejo depois do serviço
Onde me espreguiço na rede da morada
Assisto e escuto o som da natureza
Com minha riqueza que é minha amada
Assim minha vida simples vou levando
Na lida tocando o cultivo do chão
ouvindo o Poeta lá do céu me falando
estou te brindando cumpra sua missão
quarta-feira, 31 de maio de 2017
Mesnagem no facebook
( valtair bertoli ) 31/05/2017
Pouco me resta agora Esta chegando minha hora
Do mundo minha partida
Eu muito tenho pensado O quanto fiz de errado
Deixando abertas feridas
Aqueles que magoei e nunca me importei
a todos peço perdão
Hoje estou arrependido por vocês sofro entristecido
demorei pra aprender a lição
Agora que estou no fim peço não olhem pra mim
Diferente com piedade
Sei que não fui perfeito não percebi meus defeitos
Vivia cheio de vaidade
Errei com meus amigos na família fui um castigo
Agi sem ter coração
Por isso quero redimir para em paz eu poder partir
Terminar a minha missão
Lendo essa mensagem escrita com coragem
dita em alto astral
Notei o quanto é importante chegar nesse instante
com paz espiritual
A doença pode não ter cura mas a vida perdura
Numa outra dimensão
um dia também vou embora não sei se vai ter demora
a você deixo minha oração.
domingo, 28 de maio de 2017
Carreiro do alem
( valtair bertoli ) 28/05/2017 corta jaca
Foi dolente este fato acontecido
que deixou entristecido / A todo povo no sertão
carreiro velho que
estava acostumado
a corta serra e
cerrado / Na lida da profissão
Naquela tarde muito feliz carreava
com as juntas
conversava / Longe de preocupação
Jamais pensava que a morte espreitava
na encosta
o aguardava / Pra findar sua missão
O sol da tarde já deitava no poente
depois de um dia ardente / Castigar todo o rincão
No alto do morro uma pedra despencava
no seu carro
acertava / Foi uma judiação
Velho carreiro com seus bois deu um grito
que ecoou no
infinito / Mais alto que os cocão
Tinham respeito mas o trecho era estreito
jogou o carro em seu peito / Despencaram no grotão
Naquele dia mestre
e carro se calou
a morte veio e levou / A todos sem compaixão
E todos juntos também
foram sepultados
igual no carro atrelados / la fincaram o seu ferrão
reza a lenda que nas tarde se sol quente
se ouve de bem distante / um rangido em canção
mestre carreiro com os seus bois conversando
e o cocão feliz
cantando / no alto da imensidão
sábado, 27 de maio de 2017
Meu paraíso
( valtair bertoli ) 27/05/2017
O silencio foi interrompido / pelo galo na madrugada
Sabia abriu a orquestra / regendo toda passarada
As estrelas foram embora / brilhou a grama orvalhada
Com o sol surgindo nos montes / no raiar da alvorada
feliz sigo caminhando / vou levando no ombro a enxada
a moringa carrego na mão / e a boia no cabo amarrada
pisando na terra fofa / por sereno ainda molhada
sigo pela estradinha / olhando a nevoa na baixada
a nevoa no ribeirão / deixa a mata toda esbranquiçada
o gado pasta feliz / com anum em revoadas
o tiziu da seus pulinhos / seriema canta nas ramadas
sigo a tudo observando / pra cumprir meu dia de jornada
assim inicio meu dia / outras cenas aqui me agrada
sabia no pé de mamão / no fruto dando suas bicadas
o tatu no buraco escondido / as lebres pulando apressadas
aqui é o meu paraíso / que no mundo não troco por nada
( valtair bertoli ) 27/05/2017
O silencio foi interrompido / pelo galo na madrugada
Sabia abriu a orquestra / regendo toda passarada
As estrelas foram embora / brilhou a grama orvalhada
Com o sol surgindo nos montes / no raiar da alvorada
feliz sigo caminhando / vou levando no ombro a enxada
a moringa carrego na mão / e a boia no cabo amarrada
pisando na terra fofa / por sereno ainda molhada
sigo pela estradinha / olhando a nevoa na baixada
a nevoa no ribeirão / deixa a mata toda esbranquiçada
o gado pasta feliz / com anum em revoadas
o tiziu da seus pulinhos / seriema canta nas ramadas
sigo a tudo observando / pra cumprir meu dia de jornada
assim inicio meu dia / outras cenas aqui me agrada
sabia no pé de mamão / no fruto dando suas bicadas
o tatu no buraco escondido / as lebres pulando apressadas
aqui é o meu paraíso / que no mundo não troco por nada
sonho de menino
( valtair bertoli ) 27/05/17
Quando passo na porteira / vejo no seu mourão
dois nomes nele gravado / dentro de um coração
Há muitos anos passado / rsiquei com minha paixão
que partiu e foi embora / deixou só recordação
tinha os olhos tão lindos / Azul da cor do céu
lábios carnudos rosados / com o sabor de mel
hoje sofro a lembrança / sinto o seu gosto de fel
lembrando da despedida / ela seguindo ao leu
a minha doce infância / pra sempre ficou marcada
recordo ela sumindo / lá na curva da estrada
Foi nesse exato instante /que acenou minha amada
E nunca mais eu vi ela / tive minha sina trancada
tudo que sonho na vida / é com ela me encontrar
pra acalmar minha dor / que insiste em me maltratar
talvez esteja sozinha / triste a me esperar
talvez quem sabe o destino / possa um dia me ajudar
quando isso acontecer / tudo quero lhe falar
do quanto que procurei / sem nunca desanimar
é minha eterna rainha / com quem sonhei me casar
se ela estiver disposta / trago ela pro meu lar
( valtair bertoli ) 27/05/17
Quando passo na porteira / vejo no seu mourão
dois nomes nele gravado / dentro de um coração
Há muitos anos passado / rsiquei com minha paixão
que partiu e foi embora / deixou só recordação
tinha os olhos tão lindos / Azul da cor do céu
lábios carnudos rosados / com o sabor de mel
hoje sofro a lembrança / sinto o seu gosto de fel
lembrando da despedida / ela seguindo ao leu
a minha doce infância / pra sempre ficou marcada
recordo ela sumindo / lá na curva da estrada
Foi nesse exato instante /que acenou minha amada
E nunca mais eu vi ela / tive minha sina trancada
tudo que sonho na vida / é com ela me encontrar
pra acalmar minha dor / que insiste em me maltratar
talvez esteja sozinha / triste a me esperar
talvez quem sabe o destino / possa um dia me ajudar
quando isso acontecer / tudo quero lhe falar
do quanto que procurei / sem nunca desanimar
é minha eterna rainha / com quem sonhei me casar
se ela estiver disposta / trago ela pro meu lar
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Pescaria de boiadeiro
( valtair bertoli / Joao Miranda ) cururu 16/05/2017
Amarei a bruaca
na cangalha do burrão
Arriei o meu
cavalo cheio de disposição
To saindo apressado
não para lidar
com gado
Vou pescar no
ribeirão
To levando a cartucheira e balas no cinturão
Canivete paia e fumo e pinga num garrafão
Também o laço trançado
não para lidar
com gado
Vou pescar no ribeirão
Levo a rede de imbira o samburá feito a mão
Minha lona de estradeiro para minha proteção
Estou indo preparado
não para lidar
com gado
Vou pescar no ribeirão
A bruaca vai pesada to levando de montão
Paçoca de carne seca rapadura e feijão
Vou com Deus a
meu lado
não para lidar
com gado
Vou pescar no ribeirão
.
Amor proibido
( valtair bertoli ) 19/05 /2017
Nas minhas noites nada tem que me agrade
Desde quando cai a tarde / já me bate a solidão
Sinto no peito um amargor desenfreado
Passo a noite acordado / remoendo de paixão
No meu quarto deito triste tão sozinho
Querendo seus carinhos / e não vejo salvação
Quem eu amo nem sabe do meu castigo
Esposa de um amigo / que me trata como irmão
Como pode acontecer isso comigo
Ter que amar ela escondido / e viver nessa ilusão
E sorrir vendo ela a seu lado
Com o peito espedaço /doendo o coração
Lhe respeito por isso fico calado
Não quero ser condenado / sei que não tenho razão
A voz do anjo em meu ouvido tem falado
Você esta errado / e jamais terá perdão
terça-feira, 16 de maio de 2017
Entardecer de caboclo ( sem melodia )
( valtair bertoli ) 16/05/2017
Quando eu volto da roça , passo na paioça
,paro pra rever
A mais bela caboclinha , minha princesinha
o meu bem querer
Vendo o sol sobre os montes , indo no horizonte
. pra se esconder
Esqueço o corpo cansado e sigo apressado
, pra cumprir meu dever
Vou terminar meu Serviço , sempre faço isso
com muito prazer
Deus me dando saúde , amor e Atitude
, eu sempre vou ter
Paro e espio as galinhas , nos galhos Juntinhas
a se espremer
Trato todas criação , acendo o lampião
já com o céu a escurecer
No regresso pro ranchinho , paro no caminho
somente pra ver
as chocas sobre os pintinhos , atenta nos ninhos
a lhes proteger
sento num velho banquinho , fico quietinho
ali e pego fazer
meu cigarrinho de paia , com a lua que espraia
no ceu a nascer
assim termino o meu dia , com muita alegria
pego agradecer
por Deus me abençoar . e por me brindar
com o lindo anoitecer
vou encontrar a caboclinha , dentro da casinha
com a água a ferver
com ela tomo meu banho , me deito e me assanho
e me sinto renascer
( valtair bertoli ) 16/05/2017
Quando eu volto da roça , passo na paioça
,paro pra rever
A mais bela caboclinha , minha princesinha
o meu bem querer
Vendo o sol sobre os montes , indo no horizonte
. pra se esconder
Esqueço o corpo cansado e sigo apressado
, pra cumprir meu dever
Vou terminar meu Serviço , sempre faço isso
com muito prazer
Deus me dando saúde , amor e Atitude
, eu sempre vou ter
Paro e espio as galinhas , nos galhos Juntinhas
a se espremer
Trato todas criação , acendo o lampião
já com o céu a escurecer
No regresso pro ranchinho , paro no caminho
somente pra ver
as chocas sobre os pintinhos , atenta nos ninhos
a lhes proteger
sento num velho banquinho , fico quietinho
ali e pego fazer
meu cigarrinho de paia , com a lua que espraia
no ceu a nascer
assim termino o meu dia , com muita alegria
pego agradecer
por Deus me abençoar . e por me brindar
com o lindo anoitecer
vou encontrar a caboclinha , dentro da casinha
com a água a ferver
com ela tomo meu banho , me deito e me assanho
e me sinto renascer
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Neto do Mestre
( valtair bertoli ) 12/05/2017
Na cidade de Pardinho / Num encontro de violeiros
Apareceu um caboclinho / Com traje de estradeiro
Carregava uma viola / toda feita de pinheiro
Distante da multidão / Acompanhava as canção
Com seus dedos bem ligeiro
O povo a sua frente / Ouvindo seus ponteados
Aplaudiam fortemente / Ficaram impressionados
E Por um dos dirigentes / Pra tocar foi convidado
Num gesto de educação / Agradeceu a ocasião
E ao palco foi levado
Ao subir pediu licença / Pra poder se apresentar
O meu sonho de criança Disse vou realizar
Venho vindo de Taciba / Sonhava aqui chegar
Confesso que a emoção / apertou meu coração
ouvindo as violas tocar
acompanhou todos pagodes / todas notas conhecia
brincava com os acordes / a multidão feliz sorria
sei dizer que esse show / chegou ao romper do dia
num gesto de devoção / ao fim fez uma oração
e ao avô agradecia
a meu avô eu agradeço / o que me ensinou aplico
muito pouco eu conheço / mas ainda me dedico
usufruo do legado / do seu ponteado rico
meu mestre de coração / conhecido no sertão
pelo nome de Bambico
( valtair bertoli ) 12/05/2017
Na cidade de Pardinho / Num encontro de violeiros
Apareceu um caboclinho / Com traje de estradeiro
Carregava uma viola / toda feita de pinheiro
Distante da multidão / Acompanhava as canção
Com seus dedos bem ligeiro
O povo a sua frente / Ouvindo seus ponteados
Aplaudiam fortemente / Ficaram impressionados
E Por um dos dirigentes / Pra tocar foi convidado
Num gesto de educação / Agradeceu a ocasião
E ao palco foi levado
Ao subir pediu licença / Pra poder se apresentar
O meu sonho de criança Disse vou realizar
Venho vindo de Taciba / Sonhava aqui chegar
Confesso que a emoção / apertou meu coração
ouvindo as violas tocar
acompanhou todos pagodes / todas notas conhecia
brincava com os acordes / a multidão feliz sorria
sei dizer que esse show / chegou ao romper do dia
num gesto de devoção / ao fim fez uma oração
e ao avô agradecia
a meu avô eu agradeço / o que me ensinou aplico
muito pouco eu conheço / mas ainda me dedico
usufruo do legado / do seu ponteado rico
meu mestre de coração / conhecido no sertão
pelo nome de Bambico
sábado, 6 de maio de 2017
Sonho colorido
( valtair bertoli ) 06/05/2017
A tempo distante deixei minha terra
Em plena primavera inicio de estação
Sai buscando o sonho colorido
Vendo o ipê florido enfeitando o sertão
Da jardineira ia contemplando
Da janela olhando fazer poeirão
infelizmente eu não sabia
que oque eu queria
sempre esteve fincado nesse meu chão
cheguei na cidade de madrugada
a nevoa esbranquiçada ofuscava a visão
diversos rostos por seus cantos eu via
nenhum me sorria na multidão
sai pela rua e vi gente deitada
na fria calçada sobre papelão
o forte barulho no ouvido zunia
o nariz entupia
com o cheiro ardido da poluição
na cidade grande somente eu sei
o quanto que chorei com as recordação
sonhava a noite que tinha voltado
e papai encontrado em meio a plantação
via o sorriso da minha mãezinha
na nossa cozinha acendendo o fogão
então descobri que o que tinha buscado
sempre esteve a meu lado
por isso voltei e pedi perdão
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