RADIO BARREIRITTO CAIPIRA

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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

No cabo de guatambu
( valtair bertoli )  08/11/2017

Num cabo de guatambu eu abri o meu caminho
Tirei da minha frente os estrepes e espinhos
Fiz uma casa de taipa  pra abrigar  o meu benzinho 
No meio do meu sertão espanto a solidão
Abraçado no  meu pinho

Enfrentei a terra bruta   arranquei toco do chão
Trabalhando no roçado criei  calo em minha   mão
Aguardava  a chuva mansa na virada de estação
Cada grão que semeava  Deus  sempre   abençoava
Fazendo  a  germinação 

Construí um chiqueirão     também  fiz uma mangueira
Beirando o  terreirão     fiz  a     tuia  de   madeira 
Levantei  um puxadinho  pra guardar   minhas tranqueiras
com cinco arame farpado  estiquei o meu cercado
nas  estacas de aroeira

sou um caboclo simples matuto por geração
eu nasci eu fui criado na humildade do sertão
nada paga a liberdade   sou eu mesmo meu patrão
aos  domingo acendo vela vou cedinho  na  capela
 pra  fazer minha    oração

sábado, 4 de novembro de 2017

Fim de boêmio
( valtair bertoli ) 04/11/2017

Me sinto um vagabundo / excluso da sociedade
Perdido bebendo a noite /  pelos cantos da cidade
Sob luzes  coloridas  /  num mundo de hostilidade
Em uma mesa pensante / lembrando a todo instante
Meus momentos  de felicidade

Me tornei um boêmio / na vida um Pelegrino
Vagando nas madrugadas / rumando num  só destino
Querendo  somente afogar /  a magoa do meu desatino
Já não creio em mais nada / estou no fim da estrada
Meu  fim eu mesmo assino

Magoas tenho de sobra /  dinheiro esta no fim
Jamais pensei na minha  vida / me ver no mundo assim
Eu que   tive  de tudo /  não tenho ninguém por mim
Quero logo ser levado /   para ser sepultado 
Ao som de um bandolim
Homenagem ao roceiro
( valtair bertoli ) 04/11/2017

No ventre da terra o grão semeado
Nela   tem brotado cobrindo  o chão
Gerando divisa a nossa pátria amada
E sendo levada na exportação
O nosso roceiro que tem trabalhado
Fica abandonado na imensidão
Se vê ultrajado  num canto esquecido
Lutando  aguerrido  por todo o sertão   

Na sua batalha na luta constante
Observa  pensante   a atual  situação
Pois sabe que ele é o  braço forte
 É o esteio é o suporte  da nossa nação
Esquece sua dor tapando as feridas
Pra levar  comida  a todos os  irmãos
Enfrenta   sol quente e   dificuldades
Pra ter  na cidade  sobre a mesa o pão  

Sujeito  honesto e de  prosa mansa
Quase não descansa cumpre a obrigação
Seu rosto é marcado pelo sol ardente
  seu riso envolvente  oculta  com a mão
A tudo ele escuta atento e  calado
  é mestre formado    em   educação
Caboclo é filho da  mãe natureza
E da  sua  grandeza  ele tira a lição

  Sua tradição se  mantém  milenar
Gosta de cantar  de  fazer oração
Se deita bem cedo e levanta na aurora
Nossa terra  afora  cuida com emoção
Meu irmão da roça é fio da balança
Inspira confiança por sua criação  
Aceite a  minha humilde  homenagem

Levando  a mensagem em forma de canção
Escravo da saudade
( valtair bertoli ) 04/11/2017

Me tornei / escravo da saudade
Por pura   maldade / de quem  que me deixou
Partiu  /  se foi   sem falar nada
Rompeu a  madrugada / e  nunca   mais voltou

  O Meu corpo  / clama    seu carinho   
Carente aqui   Sozinho  / na fria     solidão
Triste  / vivo   encarcerado
sofrendo o  desagrado  / desse   alguém sem coração

Seu sorriso / no sonho me estremece
Seu beijo me aquece / no mundo de  ilusão
o  ruim  / é a realidade
viver a dura verdade  / acordado no  colchão 

Hoje   /  vago pela   noite
Sofrendo   o  negro  açoite / dessa  traição
Que   /meu sonho  destruiu 
E assim  feliz   partiu /  sumiu   na imensidão

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Não da pra esquecer
( valtair bertoli ) 03/11/2017

Já fazem quase dois anos que padeço o desengano
Minha vida é só sofrer
Vi ruir todos meus planos seu amor me causou danos
Que não posso reverter
Bem Melhor teria sido nunca ter te conhecido
E também não se envolver
Só que não tem volta o passado fui feliz a seu lado
Isso não da pra se esquecer

O destino é mesmo incerto o errado a vez é certo
Quem pode compreender
Por isso que ainda insisto de você    nunca desisto
Mesmo estando a padecer
So queria algum dia    ter  de volta a alegria
Que a seu lado pude ter
E sepultar o     desagrado  ,  deixando  enterrado 
E com você  feliz  viver

Você é   minha alegria a aurora  fresca do dia
Os raios do sol ao nascer
Você é a madrugada com a noite enluarada
Que brilha ao escurecer
Você é a  alvorada vindo linda e desnudada
Pra me dar seu bel prazer
 é  também  o negro  espinho que cruzou o meu caminho
Pondo tudo a se perder

Vou seguindo a minha luta nessa árdua disputa
Pra tentar te convencer
Que você é o que preciso que morreu meu paraíso
Sem sua água a verter
Voe seja um passarinho voe e volte pro seu ninho
Antes do céu  escurecer
Te aguardo ainda  confiante num suspiro incessante
Não demore vou morrer
Tiro errado
( valtair bertoli ) 03/11/2017
1*
eu vi a cobra fumando /  quando em casa   fui  chegando 
  carcado por  tanto   mé
a   esposa   me   aguardava /  no escuro me  espreitava
 igual espreita  um jacaré
quando no portão cheguei / na hora  eu me assustei
  ao ouvir tanto    banzé
 por ela     fui    agredido   /só  porque  tinha   bebido 
  lá  No bailão  do    Mané
.....
confesso  não suportei  /   em  casa eu nem    entrei
 e  voltei   pro   arrasta pé

2*
voltei  de   olho roxeado  /   tinha o pescoço aranhado
com a  camisa rasgada
com os  amigos comentei foi  um tombo que levei 
na entrada  da   morada
 Pra acalmar meu   coração e esquecer  a  confusão 
  Arranjei uma namorada
Quando nela  dei um  beijo que me  bateu o   desejo
 eu me vi numa enrascada
........
vi minha  sogra      filmando  e distante   me zombando
se acabando em  gargalhada
 
3*
   hoje   vivo  entristecido    o  meu  lar foi destruido 
 nada   no mundo    me agrada
Me dei mal aquele dia  destrui   minha  alegria
sou  motivo de piada
Perdi quem tanto   amava   confesso   não esperava
A atitude da minha amada
aquele video    postou    no face   viralizou
 com   minha cara estampada
.............
aprendi não mais bebi pois beijava    um travesti
Eita cachaça danada

kkkkkkkkkk